O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que a tragédia que assola a capital e diversos pontos do estado, castigados por uma forte chuva, teve como causa uma “combinação explosiva” de fatores: o grande volume de água, a maré alta e a ressaca no litoral.
“A gente tem uma combinação explosiva no Rio de Janeiro. Muita chuva é uma desgraça. Muita chuva com maré alta é uma tragédia absoluta porque a água não baixa de jeito nenhum”, afirmou. Para exemplificar a combinação, Paes citou a Lagoa Rodrigo de Freitas, cuja profundidade normal é de 50 centímetros e, ontem, chegou a 1,40 m.
Segundo ele, choveu, nas últimas 24 horas, 280 mililitros de água. “Choveu mais que em 1966, em 1988 e em 1996 (quando houve grandes enchentes na cidade). Essa é uma combinação explosiva para a cidade, literalmente”, completou. Depois do almoço, observou, a água começou a descer em alguns locais.
Paes visita uma comunidade em Jacarepaguá, na zona oeste da capital, no início desta tarde. Mal teve tempo para almoçar, segundo assessores. Ele admitiu que o encharcamento das encostas “está no limite”. “A nossa maior preocupação é com a vida das pessoas. Isso tem a ver com o encharcamento das encostas da cidade, que está no limite”, declarou.
O prefeito disse ainda que a prefeitura “está trabalhando” para melhorar a situação de locais críticos de alagamento, que sempre enchem quando chove. É o caso da Praça da Bandeira, uma das principais ligações entre a zona norte e o centro da cidade. “Estamos trabalhando nisso. Já fiz pleitos para o governo federal, de 250 milhões de reais, para resolver (o problema de alagamento) da Praça da Bandeira”, citou.