Para impulsionar a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff à Presidência, o PT abriu mão de disputar o governo em diversos estados do país. O partido lançará o menor número de candidatos a governador de sua história. O objetivo é aumentar a visibilidade das legendas que integram a base aliada do governo, como PMDB e PSB.
O partido deve lançar candidaturas em 12 estados, além do Distrito Federal. Só o PMDB deve receber o apoio petista em sete disputas estaduais, além de indicar o vice de Dilma. Já o PSB, apesar de ter Ciro Gomes como candidato ao Planalto, conta com o apoio petista em pelo menos dois estados: Cera (Cid Gomes) e Pernambuco (Eduardo Campos). Até Ciro, se desistir de ser candidato à Presidência, terá a ajuda do PT para uma candidatura em São Paulo.
“O nosso objetivo primeiro é eleger a Dilma”, disse Paulo Frateschi, secretário nacional de Organização ao jornal Folha de S. Paulo. Para ele, a mudança é importante. “Antes, para ter coligação no PT era um sufoco danado.” O senador Aloizio Mercadante (SP) reforça: “O projeto é dar prioridade à campanha nacional”.
“Isso é maturidade, é evolução partidária. De que adianta ter candidato em todo lugar e não ir para o segundo turno? Queremos compor uma maioria. Lula tem ampla base de sustentação, que tem que ser representada”, reforça Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara.