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População brasileira vai começar a encolher em 30 anos

País deve atingir número máximo de habitantes em 2042, quando seremos 228.350.924. No ano seguinte, já haverá 7.700 pessoas a menos, calcula IBGE

Por Pollyane Lima e Silva
29 ago 2013, 10h03

Daqui a 29 anos, o Brasil terá uma população 13,5% maior do que tem atualmente, com 228,35 milhões de pessoas. Esse será o ápice populacional do país, que deve ser alcançado em 2042. A partir do ano seguinte, o número já começa a encolher, com o registro de 7.700 habitantes a menos em 2043. O cálculo é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresenta projeção de 2000 até 2060 em pesquisa divulgada nesta quinta-feira – a anterior, apresentada em 2008, tinha como limite o ano de 2050.

O estudo considera as informações mais recentes de mortalidade, fecundidade e migração, obtidas a partir do Censo Demográfico 2010 e dos registros administrativos de nascimentos e óbitos. Segundo o levantamento, a população do país hoje é de pouco mais de 201 milhões de pessoas – o dado, referente a 1º de julho deste ano, foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira . Em 2060, seremos 218,2 milhões, voltando praticamente à população projetada para 2025 (218,3 milhões).

“A redução esperada do nível de crescimento da população é decorrente, principalmente, da queda do número médio de filhos por mulher, que vem decrescendo desde a década de 1970”, destaca a pesquisa. A taxa de fecundidade – que este ano é de 1,77 filho por mulher – deve ficar estacionada a partir de 2034, quando cai a 1,5. O fato de elas decidirem cada vez mais tarde pela maternidade também influencia no resultado. Hoje, a média de idade é de 26,9 anos, e será de 29,3 anos em 2030.

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Envelhecimento – A análise é complementada com a tendência de queda da mortalidade. A esperança de vida ao nascer chegou este ano a 74,8 anos – 71,2 para os homens e 78,5 para as mulheres. Também em 2043, a média geral ultrapassa a barreira dos 80 anos e continua em crescimento: em 2060, estes valores serão de 78 anos para eles e 84,4 anos para elas. Ou seja, como apontam outros trabalhos do IBGE, a população de idosos no país tende a aumentar, enquanto a de jovens e crianças, a diminuir.

Este envelhecimento acelerado altera de forma direta as razões de dependência – entre o segmento considerado produtivo (dos 15 aos 64 anos) e o economicamente dependente (abaixo de 15 e acima de 64). Hoje, cada grupo de 100 indivíduos “sustenta” outros 46, mas em 2060, a proporção será de 100 para 65,9. Mudará também a parcela a ser sustentada: antes crianças, agora idosos. Um exemplo: enquanto o grupo com 90 anos ou sobe de 284.467 para impressionantes 5 milhões de 2000 a 2060, o de 0 a 5 vai cair de 17,3 milhões para 8,9 milhões no mesmo período.

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Estados – Olhando separadamente os estados brasileiros, a tendência é de uma equalização de índices que hoje apresentam uma relevante disparidade, no caso da taxa de fecundidade. Locais como Acre, Amazonas e Amapá, onde as mulheres têm mais de 2,4 filhos – bem acima da média nacional – devem registrar em 2030 valores máximos em torno de 1,8. Isso os aproximaria do cálculo para Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, que devem ficar em torno de 1,4 filho por mulher.

Em relação à esperança de vida, o crescimento para homens e mulheres será observado em todas as Unidades da Federação, embora ainda com algumas diferenças consideráveis. Entre os homens, os valores mais elevados projetados para 2030 são de Santa Catarina (79,1 anos) e São Paulo (78,1 anos), e os mais baixos, do Piauí (68,8 anos) e do Pará (70,4). Para as mulheres, os maiores índices também são de Santa Catarina (85,4 anos), seguida do Espírito Santo (84,7 anos), e os menores, de Rondônia (77,5 anos) e Roraima (77,2 anos).

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