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Poluição em SP cai pela metade com paralisação de caminhoneiros

Na tarde da última segunda-feira (28), no oitavo dia da greve, a qualidade do ar na capital paulista era considerada boa em todas estações de medição

Por Agência Brasil 30 Maio 2018, 13h03

Apesar dos impactos negativos causados pela paralisação dos caminhoneiros, houve pelo menos um aspecto positivo: a greve reduziu os efeitos da poluição na cidade de São Paulo. O Sistema de Informações de Qualidade do Ar, da Companhia Ambiental do estado (Cetesb), observou que a queda no tráfego levou à diminuição pela metade da poluição atmosférica.

Ao participar do evento “Diálogos Interdisciplinares sobre Governança Ambiental da Macrometrópole paulista”, o diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP), Paulo Saldiva, revelou os dados. “Houve uma redução de 50% da poluição na capital paulista. Esse é um episódio raro e vamos estudar suas consequências na saúde pública. Quem sabe, essas evidências quantitativas sirvam de argumento para a criação de políticas públicas?”, disse Saldiva.

Na tarde da última segunda-feira (28), no oitavo dia da greve, a qualidade do ar na capital paulista era considerada boa em todas as estações de medição, algo difícil de ser registrado.

No último dia 21, os caminhoneiros deflagraram a paralisação, bloqueando rodovias e impedindo o transporte de mercadorias e produtos. Como consequência, houve cancelamento de voos, falta de mercadorias em supermercados, redução na frota de ônibus e falta de combustível em postos de todo o país. Diante dessa situação, o trânsito em São Paulo melhorou.

A poluição atmosférica subiu com a liberação do rodízio, mas baixou em seguida, com a falta generalizada de combustíveis e a redução de coletivos e veículos de passeios nas vias.

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Índices de poluição

Saldiva comparou os dados relativos aos índices de monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e partículas inaláveis na atmosfera. Os três índices, diretamente ligados à liberação da queima de combustíveis, são historicamente mais altos às segundas-feiras e sextas-feiras, quando há mais trânsito na cidade, e diminuem nos fins de semana.

A equipe de pesquisadores teve a oportunidade de medir a poluição de São Paulo em uma outra experiência rara: a greve dos metroviários em maio de 2017. Naquela ocasião, no entanto, a poluição atmosférica dobrou. A estimativa, desta vez, é que com a redução de carros e ônibus nas ruas, pelo menos seis mortes serão evitadas por dia. “Só teremos essa resposta mais para frente, com os cálculos prontos”, ponderou Saldiva.

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