Policiais vão cercar Maracanã oito horas antes da partida de domingo
PM, PF e Guarda Municipal levarão 3.417 agentes para a região do estádio. Pontos estratégicos, ruas próximas e estações de metrô terão policiamento reforçado
As ruas ao redor do Maracanã vão ser ocupadas por policiais militares oito horas antes do primeiro jogo no estádio, neste domingo, entre Argentina e Bósnia. O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) divulgou na tarde desta sexta-feira o esquema de policiamento, que terá 3.417 policiais militares, civis e federais e agentes da Guarda Municipal dedicados às áreas interna e externa da arena. As equipes vão tomar posição em pontos estratégicos, rotas de delegações e bloqueios de tráfego. “Se houver necessidade de desobstrução de via ou controle de vandalismo com o recurso da força, isso será feito”, afirmou o delegado federal Roberto Alzir, subsecretário Extraordinário para Grandes Eventos da Secretaria de Estado de Segurança.
De acordo como coronel Marcelo Rocha, coordenador do Planejamento da PM do Rio para a Copa do Mundo, cerca de 150 policiais atuarão dentro das três estações de metrô mais próximas do estádio – Maracanã, São Franscico Xavier e São Cristóvão. O objetivo é evitar que manifestantes levem objetos como fogos de artifício e outros que possam ser usados durante protestos. Cem homens da Força Nacional complementarão a segurança nas imediações das três estações.
Delegacias – A Polícia Civil terá, na Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte do Rio, uma delegacia para a possibilidade de detenção de grupos de manifestantes. Segundo o delegado Tarcísio Jansen, coordenador de Planejamento Estratégico da Polícia civil para a Copa, o local será usado para receber, se for o caso, envolvidos em atos violentos durante protestos.
No dia de abertura da Copa, houve protestos na Cinelândia, na Lapa e em Copacabana, local onde foi montada uma arena da Fifa Fan Fest. Após o protesto da manhã, no Centro, houve confronto entre PMs e ativistas e três pessoas foram detidas. No protesto da tarde, pelo menos mais quatro pessoas foram detidas e três ficaram feridas.
Argentinos – Uma as preocupações dos responsáveis pela segurança é a presença de um grupo violento de torcedores argentinos, os Barra Bravas. A Polícia Federal recebeu uma relação com os nomes de 2.100 Barra Bravas com histórico de brigas e agressões na Argentina. Todos estão impedidos de entrar no Brasil durante a Copa do Mundo. Mas, até agora, somente dois foram identificados pela PF ao tentar entrar no país, segundo o delegado federal Anderson Bichara, coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle do Rio de Janeiro. Os dois não passaram pela imigração. Devido à facilidade de deslocamento entre os dois países, no entanto, é possível que parte dos 2.098 brigões tenha conseguido atravessar a fronteira.
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