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Policiais são suspeitos de matar preso em Porto Seguro

A SSP informou que a vítima chegou a ser socorrida em uma unidade de saúde da região, mas não resistiu aos ferimentos

Por Da Redação
17 jul 2012, 10h11

Três investigadores da Polícia Civil e o filho de um deles tiveram mandato de prisão preventiva decretado nesta segunda-feira por serem os principais suspeitos da morte de um preso da delegacia de Porto Seguro, na Bahia, no sábado. Os policiais teriam agredido Ricardo Santos Dias, de 21 anos, até a morte dentro da carceragem do DP.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) da Bahia, imagens de câmeras de segurança da delegacia mostram os quatro homens entrando e saindo do local do crime. As gravações são uma das peças que integram o inquérito.

Os suspeitos da agressão são Otávio Garcia Gomes, de 43 anos, Joaquim Pinto Neto, de 42, Robertson Lino Gomes da Costa, 44 e Murilo Bouson de Souza Costa, 22, filho de Robertson. A SSP informou que o preso chegou a ser socorrido em uma unidade de saúde da região, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com Nelson Gaspar, corregedor-geral da SSP, testemunhas foram ouvidas e a perícia foi realizada no local. A secretaria informou que, no domingo, assim que as autoridades foram informadas do ocorrido, agentes da Polícia Civil foram ao local do crime para encontrar possíveis provas de agressões.

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O quarteto já é considerado foragido da Justiça, uma vez que os mandados de prisão preventiva foram decretados nesta segunda-feira pelo juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto Seguro, André Marcelo Strogenski.

Na procura pelos homens estão envolvidos o Departamento de Investigação Policial (Dip), a Coordenadoria de Operações Especiais (Coe) e a Polícia Civil da Bahia. Segundo Evy Paternostro, delegado titular da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior de Eunápolis, responsável pelas investigações, os agressores, que estavam de folga na noite do crime, exigiam que a vítima confessasse algum crime.

Paternostro disse que um dos policiais estava de férias e os outros dois não trabalhavam no último fim de semana quando chegaram à delegacia. “Em depoimentos, os investigadores de plantão contam que os três policiais e o menino (filho de um dos agentes), pediram que o preso fosse entregue a eles. Eles levaram o homem para a sala de investigação”, contou.

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Segundo o delegado, os quatro homens entraram na delegacia às 22h32 após descerem de um carro. Ricardo Santos Dias havia sido detido na manhã do sábado, na região de Mercado do Povo, em Porto Seguro. Ele foi autuado por tráfico de drogas e porte de arma.

As imagens registram a saída do grupo às 0h21, quando dois deles carregam o corpo do rapaz, já desacordado. Eles alegaram que o levariam para um hospital. Dias foi socorrido em uma unidade de saúde da região. “Conforme o laudo do hospital, ele já chegou morto”, disse Paternostro.

Os policiais que permitiram que os acusados tivessem acesso ao preso serão investigados”, afirmou o delegado. “Em depoimentos eles afirmam que bateram na porta da sala e pediram para que parassem de bater no homem. Mas porque nenhuma outra medida, uma mais eficaz, foi tomada?”

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(Com Agência Estado)

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