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Policiais disputaram Nem, o bandido mais procurado do Rio

Advogados negociaram rendição com a Polícia Civil, mas PMs do Batalhão de Choque interceptaram o veículo em que estava o bandido. Secretário de Segurança José Mariano Beltrame e subchefe operacional acompanharam, da Alemanha, os detalhes da prisão

Por Da Redação
10 nov 2011, 01h03

A prisão do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, teve momentos de tensão entre os próprios policiais. Nem foi preso por policiais militares do Batalhão de Choque (BPchoque), escondido no porta-malas de um Toyota Corolla preto, quando tentava escapar da Rocinha. A versão dos PMs é de que os três ocupantes do carro alegaram imunidade diplomática para não deixar que o veículo fosse revistado. Um dos advogados de Nem, no entanto, que conduzia o carro, afirmou que estava levando o traficante para a 15ª DP (Gávea), pois havia uma negociação para a rendição do criminoso.

O Toyota tinha sido abordado ainda na Gávea, e era escoltado para a Polícia Federal, como exigira o falto cônsul. No caminho, no entanto, os PMs obrigaram que o porta-malas fosse aberto e encontraram o bandido escondido.

Policiais civis, então, insistiram para que o carro e Nem fossem levados para a 15ª DP, como estava previsto no suposto acordo entre advogados e policiais. Um dos policiais militares, nesse momento, esfaqueou e furou um dos pneus do carro, para evitar que o veículo seguisse viagem. Nem acabou sendo levado para a sede da PF, na zona portuária.

A negociação para a rendição de Nem era conduzida por um policial da subchefia operacional da Secretaria de Segurança. Ao longo do dia, as informações a respeito da rendição eram passadas para a Alemanha, onde está o subchefe operacional, delegado Fernando Veloso, e o próprio secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.

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O interesse de Nem na rendição vem, em parte, dos problemas que o bandido prevê para seu futuro nos presídios. Ele teria tentado negociar detalhes para seu período atrás das grades, como a garantia de que não iria para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que mantém o detento em cela isolada, com restrições de comunicação. Isso foi negado pela polícia.

Nem teme, também, o que seus antigos comparsas podem fazer com ele a partir do momento que estiver atrás das grades. Por sua forma autoritária e inflexível de gerir os negócios da quadrilha, Nem passou a ser odiado por traficantes da facção Amigos dos Amigos (ADA), que juraram vingança.

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