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Policiais civis do Rio planejam greve para próxima semana

Categoria exige incorporação de 850 reais ao salário, como gratificação. Prazo para que o governo apresentasse projeto da mudança na Alerj venceu no dia 15

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
16 Maio 2014, 17h58

À medida que diminui a contagem regressiva para a Copa do Mundo, aumenta a pressão no Rio de Janeiro de categorias que ameaçam cruzar os braços se não tiverem atendidas suas reivindicações de melhores salários. Agora, quem planeja uma greve para a próxima semana são os policiais civis, que têm assembleia marcada para a próxima quarta-feira, na Tijuca, Zona Norte. Eles pedem uma gratificação de 850 reais incorporada aos rendimentos mensais. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol), Francisco Chao, o benefício vem sendo discutido com o Estado desde o ano passado.

Em dezembro, o então governador Sérgio Cabral teria se comprometido a autorizar o pagamento em março. Na data combinada, ele pediu novo prazo até maio, quando o Palácio Guanabara já estaria sob o comando de Luiz Fernando Pezão. Agora, Pezão promete uma resposta para 10 de junho. Os agentes, porém, não acreditam que ele possa dar a devida atenção ao caso às véspera do início do Mundial – sem contar o fato de que o projeto sequer foi levado à apreciação dos deputados. “Essa demora é negativa. Não posso decidir se haverá greve sem consultar a categoria, mas se a Polícia Civil fosse prioridade, o projeto já teria sido apresentado na Alerj”, disse Chao.

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PM – Os policiais militares já se articulam em um movimento semelhante, por aumento de salário – o que significa que se o Estado ceder a um, terá de atender reivindicações de toda a segurança pública. Nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal instaurou um procedimento para investigar a possível adesão de agentes a uma paralisação durante a Copa do Mundo. De acordo com o procurador da República e coordenador do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial, Fernando Aguiar, há indícios de que o mesmo tipo de paralisação que ocorreu em Pernambuco estaria para acontecer no Rio de Janeiro.

A greve da categoria, além de trazer consequências imprevisíveis à sociedade, é ilegal. Segundo a Constituição, policiais militares e bombeiros não têm esse direito. “Não será tolerada qualquer tipo de paralisação da PM. Greve de policiais militares é um atentado inaceitável ao Estado Democrático de Direito e à Constituição. Caso ocorra, adotaremos todas as medidas judiciais cabíveis, inclusive com a prisão dos líderes do movimento, para a manutenção da ordem pública”, afirmou o procurador. A greve das duas categorias, a poucos dias da Copa do Mundo, é uma ameaça que pode comprometer não só a segurança do torneio, como também o governo de Pezão, pré-candidato à reeleição.

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