Polícia procura homem suspeito de sequestrar menina
A criança desapareceu há duas semanas durante um culto evangélico. Ela foi encontrada nesta segunda-feira graças a um vizinho da família
A Polícia Civil está à procura do homem que aparece nas imagens do circuito de segurança de uma doceria, na Rua Vergueiro, Zona Sul de São Paulo, carregando no colo a menina Brenda Gabriela da Silva, de 4 anos, que estava desaparecida há duas semanas. A criança, que sumiu durante um culto evangélico, foi encontrada nesta segunda-feira graças a um vizinho da família. Alex Gomes de Carvalho, de 18 anos, reconheceu a garota na rua e chamou a polícia. O suspeito, no entanto, conseguiu fugir, deixando Brenda para trás.
Segundo informações do delegado Paulo Freitas, da 6º DP, no Cambuci, onde o caso vem sendo investigado, durante conversa com o setor de investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a menina teria contado que dormiu em uma carroça. Diante dessa informação, a polícia suspeita que o homem seja um carroceiro ou morador de rua e tem feito uma busca nos locais onde essas pessoas costumam se reunir.
O caso – De acordo com o relato do irmão da vítima, de 8 anos, um homem que estava perto deles no dia do culto passou a mão nos cabelos da menina pouco antes dela desaparecer. A mãe de Brenda, a diarista Geissa Maria da Silva, de 31 anos, havia levado as crianças à Igreja Pentecostal Deus é Amor para pedir uma oração para o filho mais novo, de 9 meses. Geissa também é mãe de uma menina de 11 anos e de uma adolescente de 14, que ficaram em casa.
“A igreja estava lotada, mas consegui pedir a oração para que meu bebê melhorasse da broncopneumonia”, contou a diarista na época. “Na hora em que virei, vi meu filho sozinho e comecei a procurar a Brenda de um lado para o outro”. O templo tem capacidade para 36 mil pessoas sentadas, mas tinha o dobro de fiéis por causa da comemoração dos 50 anos da igreja fundada pelo pastor David Miranda.
Geissa passou a procurar a criança nas dependências da igreja e depois foi até a rua ver se a encontrava nas proximidades. “Um homem viu o meu desespero e me levou até uma delegacia que fica perto de restaurantes japoneses, onde deixei uma foto. Não fizeram o B.O. porque eu estava sem os documentos da Brenda”, afirmou Geissa, referindo-se ao 1º DP (Sé). Ela só procurou a Polícia Civil novamente na segunda-feira, dessa vez com o auxílio de um funcionário da igreja. “Pensei que a delegacia ficava fechada aos domingos”, disse a mulher, que é analfabeta.
(Com Agência Estado)