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Polícia procura foragidos de milícia que explorava moradores de casas populares

Quadrilha expulsava moradores de apartamentos e extorquia dinheiro dos mutuários de seis condomínio do bairro de Campo Grande

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
7 ago 2014, 18h54

A Polícia Civil do Rio de Janeiro procura nesta quinta-feira oito foragidos de uma mílicia que explorava 5.000 moradores de condomínios construídos pelo programa Minha Casa, Minha Vida, na Zona Oeste da cidade. Dezenove criminosos, das 27 pessoas com ordem de prisão expedida, foram presos até o momento. Outras duas pessoas ligadas à quadrilha, comandada por policiais militares, também foram presas na operação batizada de Tentáculos.

A milícia expulsava moradores de apartamentos e extorquia dinheiro dos mutuários de seis condomínios do bairro de Campo Grande, com cobranças indevidas pelo uso de serviços públicos e até com o monopólio das vendas de cestas básicas nos locais sob controle da quadrilha. A polícia só agiu depois de uma série de denúncias, divulgadas pelo Fantástico, da TV Globo, em abril deste ano.

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Na lista de presos, há oito policiais militares, um bombeiro, um policial civil, um agente penitenciário e dez civis. De acordo com as investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), a quadrilha abordava moradores pouco depos da inauguração dos empreendimentos.

Há relatos de que moradores foram mortos porque se recusaram a pagar cobranças indevidas da milícia. Alguns foram expulsos de apartamentos para que os imóveis fossem revendidos, de maneira fraudulenta, pela quadrilha. Mas as vítimas continuaram como devedoras do empréstimo feito para a compra na Caixa Econômica Federal.

Pelas estimativas divulgadas pela polícia, a milícia lucrava mais de 1 milhão de reais por mês com a exploração dos condôminos. Os investigadores constataram que o grupo recebia ordens, de dentro da prisão, dos ex-policiais militares Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, e Toni Ângelo Souza de Aguiar, o Erótico. Eles eram “testas de ferro” do ex-deputado Natalino Guimarães e do ex-vereador Jerônino Guimarães, presos desde 2007 por comandar a milícia que atuava em Campo Grande. Nesta investigação, no entanto, o delegado Alexandre Capote disse não ter encontrado indícios da participação dos irmãos Guimarães.

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