Polícia monitora, mas não impede fuga em Pedrinhas
Quatro detentos fugiram e ainda não foram recapturados. A Secretaria de Segurança Pública admitiu que houve um "erro operacional"
Por Da Redação
6 abr 2015, 12h43
Veja.com Veja.com/VEJA.com
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1/35 Agentes do Conselho Nacional de Justiça e da Polícia Federal em vistoria ao presídio (Karlos Geromy/OIMP/D.A Press/VEJA)
2/35 Presos pulam muro para fugir do presídio de Pedrinhas (Reprodução / Globonews/VEJA)
3/35 Pedrinhas, o maior Complexo Penitenciário do Maranhão (Divulgação/ Governo do Maranhão/VEJA)
4/35 Buraco aberto por caminhão caçamba no Complexo de Pedrinhas, no Maranhão (Gilson Ferreira/O Pequeno/Folhapress)
5/35 Quadrilha do Bonde dos 40 acusada de fuzilar em São Luís (MA) dois parentes de presos que haviam sido decapitados em Pedrinhas, em 2013 (Divulgação/Gilson Teixeira/Polícia Civil/VEJA)
6/35 Sistema de vigilância de câmeras do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, Maranhão (Felipe Frazão/VEJA)
7/35 Sistema de vigilância de câmeras do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, Maranhão (Felipe Frazão/VEJA)
8/35 Sistema de vigilância de câmeras do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, Maranhão (Felipe Frazão/VEJA)
9/35 Sistema de vigilância de câmeras do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, Maranhão (Felipe Frazão/VEJA)
10/35 Local onde está sendo construída a base do sistema de monitoramento de presos por tornozeleira eletrônica em São Luís, Maranhão (Clayton Montelles/Divulgação Sejap/VEJA)
11/35 Neuton Correa delegado titular do 12º Distrito Policial de São Luís (Maranhão) (Felipe Frazão/VEJA)
12/35 Detentos de Pedrinhas sendo transferidos para presídios federais (Handson Chagas/VEJA)
13/35 Detentos que trabalham na limpeza do Presídio São Luís I caminham sob olhar de PM do Batalhão de Choque (Felipe Frazão/VEJA)
14/35 Tabletes de maconha, celulares e serras apreendidas pela PM com mulher de preso que tentava entrar em Pedrinhas (Felipe Frazão/VEJA)
15/35 Enterro de Ana Clara, em São Luís (VEJA.com/VEJA)
16/35 Preso é levado para receber atendimento médico depois de ter sido ferido durante uma briga entre gangues rivais dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís do Maranhão (Douglas Cunha/O Estado do Maranhão/Reuters/VEJA)
17/35 Comoção marca velório da menina que morreu após ser queimada em ônibus. Centenas de pessoas estão levando os sentimentos à família da menina Ana Clara, que morreu na manhã desta segunda-feira (6), no Hospital Juvêncio Matos, em São Luís (Honório Moreira/OIMP/D.A Press/VEJA)
18/35 Comoção marca velório da menina que morreu após ser queimada em ônibus. Centenas de pessoas estão levando os sentimentos à família da menina Ana Clara, que morreu na manhã desta segunda-feira (6), no Hospital Juvêncio Matos, em São Luís (Honório Moreira/OIMP/D.A Press/VEJA)
19/35 Armas artesanais e celulares foram apreendidos durante revista da PM no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (Francisco Silva/Jornal Pequeno/VEJA)
20/35 Armas artesanais e celulares foram apreendidos durante revista da PM no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (Francisco Silva/Jornal Pequeno/VEJA)
21/35 Armas artesanais e celulares foram apreendidos durante revista da PM no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (Francisco Silva/Jornal Pequeno/VEJA)
22/35 Ônibus incendiado no bairro do João Paulo, em São Luís (MA) na noite da sexta-feira (03) (Karlos Geromy/OIMP/D.A Press/VEJA)
23/35 Ônibus foram incendiados em São Luís no Maranhão na sexta-feira (03), em retaliação à ocupação, do Complexo Penitenciário de Pedrinhas pela polícia militar (Francisco Silva/Jornal Pequeno/EFE/VEJA)
24/35 Ônibus foram incendiados em São Luís no Maranhão na sexta-feira (03), em retaliação à ocupação, do Complexo Penitenciário de Pedrinhas pela polícia militar (Francisco Silva/Jornal Pequeno/EFE/VEJA)
25/35 Presos filmam decapitados em penitenciária no Maranhão (Reprodução/VEJA)
26/35 Presos filmam decapitados em penitenciária no Maranhão (Reprodução/VEJA)
27/35 Detendo ferido dentro de presídio em Pedrinhas, no Maranhão (Reprodução TV Folha/VEJA)
28/35 Detento ferido durante rebelião é retirado do Complexo Penitenciário de Pedrinhas (Honório Moreira/OIMP/D.A Press/VEJA)
29/35 Familiares ajudam no resgate de detento ferido durante rebelião (Honório Moreira/OIMP/D.A Press/VEJA)
30/35 Polícia Militar tenta conter rebelião em Pedrinhas (Honório Moreira/OIMP/D.A Press/VEJA)
31/35 Polícia Militar controla rebelião em Pedrinhas após carnificina (Reprodução/TV Globo/VEJA)
32/35 Rebelião em outubro de 2013 deixou 10 mortos e 20 feridos na penitenciária (Honório Moreira/OIMP/D.A Press/VEJA)
33/35 Superlotação em Pedrinhas: presídio comporta 1.700 homens, mas abriga atualmente 2.200 detentos (Neidson Moreira/OIMP/D.A Press/VEJA)
34/35 Vistoria realizada no Complexo Penitenciário (A.Baêta/OIMP/D.A Press/VEJA)
35/35 Polícia descobriu armas escondidas pelos presos em Pedrinhas (Reprodução/TV Globo/VEJA)
Policiais militares do Maranhão monitoravam uma ação de criminosos na madrugada deste domingo e poderiam ter evitado a fuga de quatro presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o mais caótico do Estado, mas não conseguiram impedir que eles escapassem. Quatro detentos fugiram do maior complexo prisional maranhense e ainda não foram recapturados. A Secretaria de Segurança Pública admitiu que houve um “erro operacional”.
Pelo menos duas horas antes, agentes da Polícia Militar já acompanhavam a ação dos oito criminosos que facilitaram a fuga dos detentos – eles receberam informações repassadas por informantes de dentro do Centro de Detenção Provisória (CDP) e avisos de que detentos combinavam com comparsas fora da cadeia, por telefone, uma forma de escapar. Um relatório do Comando de Policiamento Especializado (CPE), chamado de “Operação Pedrinhas”, documentou, em ordem cronológica, o plano de ataque dos bandidos.
Por volta das 4 horas de domingo, os presos Adeilton Alves Nunes, Ilton Carlos Martins, John Lennon da Silva Lima e John Carlos Campos Silva fugiram do CDP de Pedrinhas com a ajuda de oito criminosos, fortemente armados com fuzis e pistolas. Eles estacionaram uma caminhonete e um carro em frente ao CDP e atiraram nas guaritas de segurança. Policiais do Batalhão de Choque revidaram os disparos, mas os presidiários escalaram o muro com ajuda de uma corda. Os fugitivos também atiraram contra o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que fica próximo a Pedrinhas – um policial foi atingido no pé.
A operação dos bandidos, no entanto, estava sendo monitorada pela PM desde as 2 horas. O documento da PM, divulgado pela TV Mirante, relata que agentes do CDP receberam uma ligação às 2h44 determinando que as guarnições ao redor do complexo de Pedrinhas redobrassem a atenção porque criminosos planejavam invadir o presídio. Às 2h58, outra ligação informou que uma caminhonete havia sido roubada. Apesar dos alertas, apenas uma patrulha estava posicionada perto do CDP e não conseguiu evitar a fuga dos presos.
Em nota, as secretarias de Estado da Administração Penitenciária e de Segurança Pública informaram que um dos veículos usados na operação foi apreendido meia hora depois pela Polícia Militar.
Em março deste ano, outros quatro homens fugiram do Presídio São Luís 2, que integra o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Nessa mesma operação, cinco detentos tentaram deixar o presídio, mas foram contidos por agentes de segurança. Em fevereiro, o presídio já havia registrado uma primeira fuga neste ano.
O complexo prisional de Pedrinhas foi o epicentro de uma crise carcerária no Maranhão entre 2013 e 2014. Mais de sessenta presos morreram em rebeliões seguidas e assassinatos isolados nas celas das penitenciárias. Os órgãos de segurança atribuíram as mortes a uma guerra entre facções criminosas com métodos de barbárie, como a decapitação de rivais. A Polícia Civil só conseguiu esclarecer uma parte ínfima dos assassinatos. A crise carcerária foi uma das pautas eleitorais no ano passado e influenciou na perda de popularidade da então governadora Roseana Sarney (PMDB). Seu grupo político perdeu as eleições após quase 50 anos no comando do Estado.
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