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Polícia Militar do Rio prepara operação com Bope e blindados da Marinha no Complexo da Penha

Secretaria de Saúde reforça hospital de emergência para receber baleados. Seis veículos da Marinha para transporte de tropa estão na Vila Cruzeiro

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 nov 2010, 10h51

“Está em curso uma resposta dura, legal e legítima resposta da Polícia Militar. Os criminosos que se entregarem receberão o tratamento que a lei determina. Os que enfrentarem, serão vítimas das suas proporias escolhas”, avisou comandante da PM

Identificado como ponto de origem dos criminosos que promovem ataques no Rio desde domingo, o complexo de favelas da Penha será alvo de uma grande operação da Polícia Militar nesta quinta-feira. Pela manhã, cerca de 150 policiais – entre eles homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) – já estavam reunidos nos acessos à Vila Cruzeiro. A subida dos policiais começou por volta das 11h. Segundo informou o comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte, não está descartada a ocupação permanente da favela. “Não posso nesse momento falar dos nossos comportamentos táticos e estratégicos. Mas isso (ocupação permanente) é uma possibilidade. Se eu der detalhes, vou estar comprometendo o deslocamento e a ação das tropas”, explicou o oficial.

Por volta das 11h30, um comboio com veículos blindados das Forças Armadas estava se deslocando em direção ao Complexo da Penha. Ao lado do Complexo do Alemão, que fica na mesma região, essas são as duas áreas de maior concentração de traficantes atualmente no Rio. As favelas servem, segundo a polícia, de abrigo para criminosos expulsos pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Na manhã de quarta-feira, imagens da Rede Globo mostraram dezenas de bandidos com armas longas em um beco da Vila Cruzeiro.

O espaço aéreo em algumas áreas do Rio – entre elas a Penha – está bloqueado. A medida se deve, possivelmente, a uma preparação para os sobrevoos dos helicópteros blindados das polícias Civil e Militar. Policiais que estão no local avistam, no alto do morro, veículos atravessados, servindo como uma espécie de barreira para a possível chegada dos policiais. Na tarde de quarta-feira, um blindado do Bope – o ‘Caveirão’ – foi danificado por bombas caseiras lançadas pelos traficantes.

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Pouco antes do meio-dia, bandidos tentaram bloquear o viaduto que dá acesso à Penha, incendiando um Honda Fia na agulha de saída da Avenida Brasil. Uma barricada, com pneus e pedaços de madeira em chamas, foi armada pelos criminosos na subida da Vila Cruzeiro.

Hospitais com reforços – A movimentação dos órgãos oficiais no entorno da Penha dá sinais da magnitude da operação preparada para hoje. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, determinou a liberação de pacientes sem necessidade de internação para liberar espaço na emergência do Hospital Getúlio Vargas (HGV) – unidade de referência naquela área. Também foram deslocados médicos para reforçar o atandimento. O HGV recebeu, durante a quarta-feira, 21 baleados, dos quais quatro morreram.

No entorno do hospital, estão estacionadas ambulâncias de plantão, para a possível necessidade de transporte de pacientes para outras unidades. Até a noite de ontem, o balanço oficial da PM era de 23 mortos. Mais quatro óbitos foram registrados na manhã de hoje, na favela do Jacarezinho. Segundo a PM, seriam traficantes que trocaram tiros com a polícia.

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O comandante da PM fez um alerta, pela manhã, em entrevista à Rádio Globo, para os bandidos que insistirem nos ataques: “Está em curso uma resposta dura, legal e legítima resposta da Polícia Militar. Os criminosos que se entregarem receberão o tratamento que a lei determina. Os que enfrentarem, serão vítimas das suas proporias escolhas.”

Blindados – Os veículos blindados que estão sendo transportados para a área da Vila Cruzeiro saíram da base da Marinha em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Fuzileiros navais, equipes do Bope e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, acompanham o deslocamento.

A Vila Cruzeiro é reduto de um dos bandidos apontados como mentor dos ataques, o Marcinho VP, preso atualmente na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Um homem preso na segunda-feira, em Copacabana, no momento que tentava incendiar um veículo, afirmou à polícia ter recebido ordens da Vila Cruzeiro, enviadas de dentro de um presídio federal.

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