Polícia investiga se carro alegórico que provocou a morte de quatro pessoas teve falha mecânica
Vítimas morreram eletrocutadas quando veículo de escola de Santos (SP) bateu em poste, na madrugada desta terça; outras dez pessoas ficaram feridas
A Polícia Civil em Santos investiga se houve algum tipo de falha mecânica no carro alegórico que pegou fogo e provocou a morte de quatro pessoas na madrugada desta terça-feira de Carnaval. Antes do incêndio, o veículo bateu em um poste e raspou na fiação elétrica que entrou em curto-circuito. As quatro pessoas que morreram foram eletrocutadas.
Segundo a assessoria da prefeitura, uma hipótese levantada nas investigações iniciais é de que a barra de direção do veículo, que pertencia à escola Sangue Jovem, tenha quebrado antes do acidente – o que fez com que o veículo, desgovernado, batesse no poste.
Além de quatro mortes, dez pessoas tiveram de ser socorridas pelo pronto-socorro, com machucados leves. Seis feridos já receberam alta e os outros quatro encontram-se em observação médica na Santa Casa de Santos por causa da descarga elétrica, segundo a prefeitura.
O veículo foi o último carro alegórico da escola a desfilar na Passarela do Samba Dráusio da Cruz, na Zona Noroeste da cidade. O sambódromo havia sido recém-inaugurado neste ano depois de passar por uma grande reforma. O desfile foi encerrado pela prefeitura logo após o acidente, por volta de 1h30.
Torcida organizada – Entre os mortos, três eram integrantes da escola de samba e uma mulher estava no local assistindo ao evento na calçada, na dispersão do desfile. A escola faz parte da torcida organizada do Santos Futebol Clube.
A Sangue Jovem trouxe um enredo celebrando a África e três ícones negros: Martin Luther King, Nelson Mandela e Pelé. O carro que pegou fogo homenageava justamente o ex-jogador e teve a presença de Coutinho, parceiro de Pelé no Santos e na seleção. O ex-atacante, de 69 anos, desceu da alegoria antes do acidente e não se feriu.