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Polícia investiga se agressão a empresária no Rio foi premeditada

Elaine Caparroz foi espancada durante quatro horas, dentro de seu apartamento na Barra da Tijuca pelo estudante de Direito Vinícius Batista Serra

Por Estadão Conteúdo
19 fev 2019, 19h40

A polícia investiga a hipótese de as violentas agressões sofridas pela paisagista Elaine Peres Caparroz, de 55 anos, na madrugada do último sábado, 16, terem sido premeditadas pelo agressor. Elaine foi espancada durante quatro horas, dentro de seu apartamento na Barra da Tijuca, na zona oeste, pelo estudante de Direito Vinícius Batista Serra, de 27 anos. Os dois se conheciam há oito meses, mas tiveram seu primeiro encontro na sexta-feira.

A delegada Adriana Belém, da 16ª Delegacia de Polícia, na Barra, onde o caso está sendo investigado, contou que antes de subir ao apartamento da vítima, Vinícius se identificou na portaria com um nome falso, Felipe, o que poderia indicar uma premeditação do crime. Elaine contou que permitiu a entrada do homem porque o estava esperando e achou apenas que o porteiro havia se enganado.

Em depoimento à polícia, Vinícius afirmou apenas que tinha tomado vinho e “surtado”. Elaine foi espancada durante quatro horas até que os vizinhos, ouvindo seus gritos de socorro, chamaram os porteiros e a polícia. O agressor foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio. Sua prisão já foi convertida em preventiva. Vinícius já tinha uma passagem pela polícia, de 2016, por agredir o irmão deficiente físico. A justiça determinou que ele passe por uma avaliação psicológica.

Histórias que circulavam ontem nas redes sociais apontavam para a hipótese de o crime ter sido uma vingança contra a família Gracie, toda ela de lutadores de jiu-jítsu. Elaine foi casada com Ryan Gracie e teve um filho com ele, que também é lutador e mora no exterior. Segundo os relatos, Vinicius, que também luta jiu-jítsu, poderia estar se vingando da família. Partiu de Vinícius, inclusive, a aproximação de Elaine por meio de uma rede social.

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O irmão de Elaine e um amigo da família consideram a hipótese improvável. “A princípio não temos nenhum conhecimento que aponte para isso”, afirma o empresário Carlos Eduardo Martins, amigo da família. “O nome dela nunca foi vinculado ao dos Gracies, isso é algo que ela preserva desde o falecimento do Ryan. Tanto que ela usa o sobrenome Caparroz. E o filho mora no exterior. A gente não consegue acreditar nessa hipótese.”

Nesta segunda, Elaine foi transferida da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Casa de Portugal, no Centro, para um quarto. Boletim médico divulgado nesta segunda diz que sua “evolução clínica e laboratorial é boa” e que, neste primeiro momento, “ela não precisará de nenhuma intervenção cirúrgica. O irmão de Elaine, o programador Rogério Peres, disse que a preocupação de alguma sequela mais grave, como um dano neurológico, já havia sido afastada.

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“Ela já apresentou uma melhora boa diante do quadro estarrecedor”, explicou Martins. “A equipe médica não viu necessidade de fazer nenhuma intervenção cirúrgica por ora, mas ela está ainda muito inchada, com muitos hematomas, não consegue abrir a boca porque levou mais de 40 pontos, tem várias fraturas, mordidas.” Para Martins, a recuperação psicológica deverá ser mais penosa. “Ela está completamente desesperada, com medo de ir para casa”.

“Num primeiro momento, a probabilidade de ela ter alguma sequela neurológica era muito grande”, contou Rogério Peres. “Isso foi uma preocupação, mas, graças a Deus, esse risco passou. Agora, a recuperação dela é estética; o rosto ainda está muito inchado e ela não consegue abrir os olhos direito”.

Em vídeo postado na segunda em uma rede social, Elaine diz que está bem. “Está tudo bem, logo logo estou numa boa. Amo vocês, fiquem com Deus”, disse. A delegada Adriana Belém aguarda a recuperação de Elaine para tomar seu depoimento.

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