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Polícia faz operação contra rede de farmácia ligada à maior milícia do Rio

Ação mira lavagem de dinheiro de um dos braços financeiros da Liga da Justiça, um dos principais grupos paramilitares do estado; dez pessoas foram presas

Por Marina Lang
Atualizado em 21 out 2020, 14h15 - Publicado em 21 out 2020, 12h17

A Polícia Civil fez uma operação contra uma rede de farmácias irregular nesta quarta-feira, 21, em sete bairros da Zona Oeste e da Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, a rede de farmácias Cumani, que atua nas regiões e em cidades da Baixada Fluminense (região metropolitana do Rio), seria uma das fontes de renda e de lavagem de dinheiro da milícia Liga da Justiça, chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, um dos paramilitares foragidos mais procurados do país.

Cerca de cem agentes da Delegacia do Consumidor (Decon), das delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e fiscais do Conselho Regional de Farmácia trabalharam em conjunto dentro de estabelecimentos identificados na investigação nos bairros Campo Grande, Santa Cruz, Cosmos, Paciência, Urucrânia, Senador Camará e Madureira.

Oito unidades foram interditadas pelos policiais na operação. Dez pessoas foram presas e vão responder pelos crimes contra a saúde pública, contra a economia popular, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, entre outros. A identidade dos indiciados não foi informada. A polícia apreendeu milhares de medicamentos de uso controlado e outras substâncias que estão sendo identificadas e contabilizadas.

“O objetivo da ação de hoje foi atacar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais que geram lucros para a referida organização criminosa”, informou a Polícia Civil por meio de nota.

VEJA tentou localizar um escritório da rede de farmácias Cumani, mas nenhuma sede fixa ou representante foram encontrados para comentar as prisões e apreensões.

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A rede de farmácias a preços populares também possui sedes em municípios como Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Itaguaí – todas elas dominadas por milícias ligadas ao bando de Ecko. Ele é considerado como o atual líder da milícia Liga da Justiça, que atua em várias regiões da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele está foragido da Justiça em decorrência de um mandado de prisão por homicídio. O Portal Procurados oferece uma recompensa de R$ 10 mil pela captura dele.

(Portal Procurados/Divulgação)

De acordo com informações do Disque Denúncia, a ascensão de Ecko ao comando da Liga da Justiça ocorreu por conta da morte de seu irmão Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, em abril de 2017.

Uma das milícias mais famosas do Rio, a Liga da Justiça foi criada no começo dos anos 2000 e foi chefiada pelos irmãos Jerominho e Natalino Guimarães, ex-policiais civis que ficaram presos por cerca de dez anos até serem soltos em 2018.

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