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Polícia Civil de Goiás encontra armas na casa de João de Deus

Em buscas feitas na tarde desta terça-feira, também foram encontradas grandes quantias de dinheiro

Por Da Redação
Atualizado em 19 dez 2018, 14h56 - Publicado em 19 dez 2018, 09h45

A Polícia Civil de Goiás encontrou armas na casa do médium João de Deus em Abadiânia (GO), durante buscas realizadas na tarde desta terça-feira, 18. Além do armamento, os policiais encontraram grande quantia de dinheiro. Todo o material foi levado para perícia.

Nesta quarta-feira, 19, a Polícia Civil deverá divulgar detalhes da operação. Além da casa do médium, buscas foram realizadas na Casa Dom Inácio de Loyola, onde o líder espiritual faz atendimentos para fiéis. O médium está preso preventivamente desde o último domingo, 16, acusado de abusar sexualmente de mulheres. Ele nega as acusações.

Armas, munições e dinheiro são apreendidos em casa do médium João de Deus (Fábio Fabrini/Folhapress)

Quase vinte policiais entraram na casa em busca de documentos e informações que esclareçam dúvidas da investigação a respeito das denúncias de abuso sexual contra o líder espiritual. Depois dessa ação, o próximo endereço a ser vasculhado deve ser uma instituição na mesma cidade, conhecida como Casa da Sopa, onde João de Deus e seus seguidores também realizavam atividades para a comunidade e atendimentos espirituais.

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O primeiro local a ser alvo de buscas da polícia na cidade goiana foi a Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium realizava consultas. No centro espiritual, os policiais passaram pelo escritório administrativo, pelos salões onde aconteciam os cultos e também pelas salas pessoais de João de Deus.

Um dos principais auxiliares do médium, conhecido como Chico Lobo, teve de mostrar à polícia como é a rotina de atendimento ao público. O auxiliar foi filmado demonstrando as etapas pelas quais os seguidores e fiéis têm de passar para participar das sessões na casa.

Durante toda a busca, um advogado de João de Deus acompanhou os trabalhos e deu explicações aos policiais. Ele também teve de fornecer chaves de armários e gavetas que estavam trancadas. O objetivo desses mandados de busca e apreensão é esclarecer divergências em relação aos depoimentos das vítimas e do líder espiritual em sua defesa. A Polícia Civil de Goiás deve encerrar seus primeiros inquéritos até sexta-feira, 21.

A força-tarefa do Ministério Público de Goiás criada para receber e investigar supostos casos de abuso sexual cometidos pelo médium João de Deus recebeu até esta segunda-feira, 17, mensagens de 506 mulheres com relatos contra o líder espiritual. João de Deus teria abusado sexualmente de mulheres que o procuravam na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), para se consultar com ele. Ele nega todas as acusações.

João de Deus foi preso preventivamente na tarde de domingo 16, por ordem da Justiça. Ele se apresentou à polícia após seus advogados passarem quase dois dias negociando os termos da entrega com os investigadores. O médium está preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, a 20 quilômetros da capital.

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Um pedido de habeas corpus, com o objetivo de reverter a prisão preventiva do líder religioso, foi apresentado na última segunda-feira e negado liminarmente pela Justiça de Goiás na terça-feira. Agora, os defensores querem que o tribunal analise o mérito da questão. Caso a decisão seja mantida, a estratégia será entrar com um novo pedido de liberdade, para substituir a prisão preventiva por outra medida, como prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

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