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Polícia do Rio indicia Dr. Jairinho por violência doméstica contra amante

Trata-se do quarto inquérito que implica o vereador, que já é réu por tortura e homicídio do menino Henry 

Por Marina Lang Atualizado em 16 jun 2021, 20h40 - Publicado em 16 jun 2021, 17h30

A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) do Rio de Janeiro indiciou o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, de 43 anos, por violência doméstica praticada contra sua ex-namorada e amante, a assistente social Débora Mello Saraiva, de 34 anos, nesta quarta-feira, 16. Trata-se do terceiro inquérito policial concluído na unidade: nos outros dois, o parlamentar foi indiciado por tortura majorada contra duas crianças – uma delas filho de Débora, e outra filha de uma ex-namorada do político. Os casos foram revelados e detalhados por VEJA na edição do dia 2 de abril, após o assassinato do menino Henry Borel, de 4 anos, na madrugada de 8 de março na Barra da Tijuca (Zona Oeste da capital). Jairinho e a mãe da criança morta, Monique Medeiros, de 33 anos, estão presos e são réus por tortura e homicídio triplamente qualificado do menino.

No relatório final apresentado hoje, o delegado titular Adriano França conseguiu comprovar crimes contra a honra, de ameaça e de lesão corporal contra Débora. Mesmo sofrendo agressões desde o início do relacionamento, mas sem nunca ter procurado a polícia, a assistente social relatou em depoimentos as agressões sofridas durante o relacionamento mantido com o vereador, que se estendeu até março deste ano. Foi para ela que Jairinho enviou uma mensagem à 1h47 de 8 de março, noite em que Henry foi morto. 

Débora Mello Saraiva, amante de Dr. Jarinho, confirmou que ele a agrediu em inúmeras ocasiões e que torturou seu filho
Débora Mello Saraiva, amante de Dr. Jarinho, confirmou que ele a agrediu em inúmeras ocasiões e que torturou seu filho (Facebook/Reprodução)

Em relação às agressões contra Débora, a delegacia obteve prontuário médico, que embasou um laudo indireto, do dia em que Jairinho quebrou um dedo do pé da vítima após uma discussão por ciúmes. Nas primeiras declarações à polícia, a assistente social negou que seu filho ou mesmo ela tivessem sido agredidos pelo político. Em seu segundo depoimento prestado à 16ª DP (Barra da Tijuca) após as revelações de VEJA, Débora mudou sua versão e confirmou que seu filho foi agredido e narrou ter apanhado do parlamentar com chutes, golpes chamado “mata-leão” (em que o agressor comprime o pescoço da vítima), puxões de cabelo, mordidas na cabeça, soco no rosto, agressões verbais, xingamentos e ameaças diversas. 

Na última sexta, a reportagem mostrou, também, que as conversas da babá de Henry, Thayna de Oliveira Ferreira, sugerem que Jairinho teria agredido uma quarta criança – seu sobrinho T.S., de apenas 3 anos. 

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