Polícia Civil diz que responsáveis por acidente em barco devem ser indiciados por crime culposo
Podem ser responsabilizados pelo acidente o proprietário do barco, Marlon José de Almeida, e o comandante Airton Carvalho da Silva Maciel
O delegado da Polícia Civil Adval Cardoso Matos, que investiga o acidente com um barco que matou ao menos seis pessoas no Lago Paranoá, disse que os responsáveis pelo ocorrido devem responder por crime culposo – quando não há intenção de matar.
Podem ser responsabilizados pelo acidente o proprietário do barco, Marlon José de Almeida, e do comandante Airton Carvalho da Silva Maciel. Eles teriam agido de forma negligenciosa, segundo o delegado.
Matos poderou que os possíveis reponsáveis só serão indiciados com o término da perícia. “Ainda dependo de um conjunto de provas para me convencer sobre quem colaborou para que o acidente ocorreresse. Com a conclusão do inquérito, vamos determinar exatamente quem são os culpados. Eles serão indiciados e o inquérito será encaminhado à Justiça.”
Segundo o delegado, a possibilidade de colisão como motivo do acidente está totalmente descartada. “A única lancha identificada no local prestou os primeiros socorros às vítimas”, disse. Segundo Matos, as pessoas que estavam na lancha – e que tentaram entrar na festa do barco sem serem convidadas – foram responsáveis em salvar grande parte das vítimas.
O condutor do veículo, José Carlos, disse em depoimento que fez cerca de cinco viagens de ida e volta à beira do lago levando em torno de dez pessoas de cada vez.. O condutor não tinha habilitação para guiar a lancha, fato que deve ser desconsiderado pela polícia, já que ele estava salvando vidas no momento.
Com a colisão descartada, a polícia trabalha com a possibilidade de uma avaria. O dano teria ocorrido na parte inferior do barco e pode ter sido intensificado com a superlotação.
Depoimentos – A 10ª Delegacia de Polícia já ouviu mais de vinte pessoas, entre eles os passageiros que estavam no barco no momento do acidente, o comandante e o proprietário da embarcação. Uma das testemunhas informou que as Embaixadas dos Estados Unidos e da Nigéria teriam usado o mesmo barco para passeio no Lago Paranoá.