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Polícia acha arsenal do bandido Nem enterrado na Rocinha

Há 26 fuzis, 12 pistolas, 2 lança-rojões e outras armas enterradas pela favela

Por Da Redação
15 nov 2011, 01h27

Denúncias de moradores da Rocinha mostram que a quadrilha do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, enterrou um arsenal em pontos da comunidade da zona sul carioca antes de fugir. Na segunda-feira foram localizados 26 fuzis, 12 pistolas, 2 lança-rojões e outras armas enterradas em dois pontos da favela. Em outro local foi encontrado laboratório de refino de drogas. Ao longo dos dois dias de ocupação, as apreensões somam 41 fuzis, 32 pistolas, 2 bazucas com granadas, 1 submetralhadora, 1 carabina e 1 escopeta, além de 120 quilos de maconha e mais de 160 quilos de cocaína.

A primeira apreensão ocorreu em uma localidade chamada Dioneia, na parte alta da Rocinha. Com base em informações de moradores, policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) começaram a cavar às 8h e, até as 17h, localizaram 22 fuzis, 1 carabina, 7 pistolas, 2 lança-rojões, 2 granadas e 25 quilos de cocaína. A escavação foi interrompida ao anoitecer, mas será retomada hoje, porque a área a ser pesquisada é extensa.

Por volta das 20h, sob uma laje de concreto de cerca de um metro de profundidade, policiais civis da 39.ª DP (Pavuna), auxiliados por agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), encontraram 4 fuzis, 5 pistolas, 14 granadas, cerca de mil munições, placas de cerâmica para coletes à prova de balas, 42 carregadores, 10 radiotransmissores e cocaína em quantidade não auferida até o fechamento desta edição, às 21h30. Para chegar ao material, policiais precisaram de uma britadeira, cedida pela Prefeitura do Rio.

Também com base em informações prestadas por moradores, PMs do Bope encontraram um laboratório de refino de cocaína na Rocinha. Foram apreendidos 90 litros de ácido sulfúrico, 50 litros de éter e 30 quilos de pó branco não identificado.

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Infraestrutura – A retirada de armas e drogas da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu faz parte do processo de pacificação e implantação da 19.ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). E, depois da ocupação, a promessa do governo é oferecer obras, crédito, coleta de lixo, iluminação e outros serviços.

Presidente do Instituto Pereira Passos da Prefeitura do Rio e responsável pelo programa UPP Social, o economista Ricardo Henriques estabeleceu metas de curto, médio e longo prazos para as comunidades. Para ele, é preciso substituir o impacto que o tráfico provocava na economia local. E estabelecer uma agenda de formalização da atividade econômica das favelas. A regularização poderá ampliar o acesso dos moradores e comerciantes ao crédito e, com isso, substituir o papel que era cumprido pela rede do tráfico.

“O objetivo é a integração com a cidade. Tem atividades que se resolvem em uma semana, outras levam meses ou mais tempo”, disse Henriques. “A economia na Rocinha, por exemplo, é pungente. Para dar crédito para essas pessoas saindo da rede do tráfico, é preciso formalizar.” Censo do governo estadual de 2009 mostrou que a renda mensal média de cada morador da Rocinha fica em torno de R$ 580. O alto porcentual de domicílios alugados (34%) revela aquecido mercado imobiliário, mesmo que informal.

(Com Agência Estado)

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