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PM interditará toda a Avenida Paulista para protesto deste domingo

Quatro novos grupos devem se somar a outros cinco para se manifestar contra o governo do PT e a presidente Dilma Rousseff

Por Eduardo Gonçalves e Nicole Fusco
8 abr 2015, 19h13

Com a adesão de novos movimentos ao protesto contra a presidente Dilma Rousseff marcado para o dia 12 de abril, o comando da Polícia Militar de São Paulo planeja interditar um espaço maior para a realização do ato em comparação àquele destinado aos manifestantes em 15 de março, quando mais de 1 milhão de pessoas se aglomeraram na Avenida Paulista. No próximo domingo, toda a Paulista será fechada para a manifestação, que novamente ocorrerá sem deslocamento. Em 15 de março, a via foi bloqueada parcialmente entre a Rua da Consolação e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.

“Estamos prevendo que essa manifestação siga a mesma tendência da primeira. A expectativa é que a quantidade de gente seja semelhante. Então, a área vai ser um pouco maior. Na prática, vai ser a Avenida Paulista inteira, da Praça Osvaldo Cruz à Praça do Ciclista”, afirmou o capitão Emerson Massera, porta-voz da PM.

Nesta quarta-feira, nove movimentos participaram de uma reunião com a PM para definir os detalhes do protesto. No ato anterior, eram apenas cinco grupos – Vem pra Rua, Movimento Brasil Livre, Revoltados Online, Solidariedade e SOS Forças Armadas. Somaram-se a eles os movimentos Quero me Defender, Acorda Brasil, União Nacionalista Democrática e Movimento 15 de Março. Cada movimento levará ao menos um caminhão de som. A previsão é de que sejam utilizadas catorze carretas.

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Assim como no ato de 15 de março, as diferenças entre os grupos permanecem: enquanto uns cobram o impeachment da presidente, outros preferem falar em renúncia. Há também grupos que defendem intervenção militar. Por isso, cada movimento ficará com um ponto da Avenida Paulista para evitar atritos e “batalha de microfones”.

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O caso mais emblemático é o do Movimento Brasil Livre (MBL), que entrou com um pedido de liminar na Justiça para impedir que os movimentos intervencionistas se manifestem ao lado deles. “Buscamos que eles fiquem a pelo menos 500 metros de distância da gente. No último ato, eles ficaram na nossa frente [no vão livre do Masp] e nos prejudicaram”, disse o representante do MBL, o advogado Rubens Nunes. Segundo os líderes dos movimentos, a reunião com a PM, que durou cerca de de duas horas, foi “quente” e “agitada” porque os grupos pró-militares demoraram para entrar num consenso com os demais grupos quanto ao posicionamento na avenida.

Alguns dos movimentos novos também têm desavenças com os três principais articuladores dos protestos – Vem pra Rua, MBL e Revoltados. “O nosso grupo tem vinte pessoas. Algumas aspiravam participar [desses movimentos], outros participaram e por divergências acabaram saindo. [Não concordamos] com algumas questões administrativas, como a prestação de contas dos grupos”. disse André Antunes, líder do Movimento 15 de Março, criado há apenas vinte dias.

A maior preocupação da PM é justamente com o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), que no dia 15 foi plenamente ocupado pelos manifestantes. Na reunião desta quarta, uma engenheira contratada pelo museu explicou que a concentração de pessoas pode comprometer, a longo prazo, a estrutura do local. Por isso, a Polícia Militar fará um cordão de isolamento na área. Massera também informou que, ao contrário do protesto anterior, as estações de Metrô da Avenida Paulista não serão fechadas, mas contarão com um efetivo maior de guardas da própria companhia para evitar tumultos. A Companhia de Engenharia de Tráfego também se comprometeu a retirar o entulho das obras das ciclovias que estão sendo construídas no local.

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