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PGR suspende negociação de delação com Léo Pinheiro, da OAS

Decisão de Rodrigo Janot se dá após VEJA revelar que o empreiteiro citou o ministro do STF Dias Toffoli na primeira fase de seu acordo com o MPF

Por Da redação
Atualizado em 22 ago 2016, 20h15 - Publicado em 22 ago 2016, 18h50

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a suspensão das negociações de delação premiada do ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro. A informação foi publicada nesta segunda-feira pelo jornal O Globo. A determinação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vem na esteira da revelação por VEJA de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli foi citado na proposta de delação de Pinheiro.

Conforme a reportagem publicada nesta semana, Toffoli recorreu a uma empresa indicada por Léo Pinheiro para realizar uma obra em sua casa em Brasília. No anexo a que VEJA teve acesso, constata-se que o empreiteiro, como é próprio nas propostas de delação, não fornece detalhes sobre o encontro entre ele e Dias Toffoli.

Leia também: Ex-presidente da OAS delata ministro do STF Dias Toffoli

Nessa primeira fase, ele apresenta apenas um cardápio de eventos que podem ajudar os investigadores a solucionar crimes, rastrear dinheiro, localizar contas secretas ou identificar personagens novos. O detalhamento do que consta no cardápio é feito pelo candidato a delator apenas numa segunda etapa, caso a colaboração seja aceita.

Tal como está, a narrativa de Léo Pinheiro deixa uma dúvida central: existe algum problema em um ministro do STF pedir um favor despretensioso a um empreiteiro da OAS? Há um impedimento moral, pois esse tipo de pedido abre brecha para situações altamente indesejadas, mas qual é o crime? Léo Pinheiro conta que a empresa de im­per­mea­bi­li­za­ção que indicou para o serviço é de Brasília, e diz mais: que a correção da tal impermeabilização foi integralmente custeada pelo ministro Tof­fo­li. Então, onde está o crime? A questão é que ninguém se propõe a fazer uma delação para contar frivolidades. Portanto, se Léo Pinheiro, depois de meses e meses de negociação, propôs um anexo em que menciona uma obra na casa do ministro Toffoli, isso é um sinal de que algo subterrâneo está para vir à luz no momento em que a delação for homologada e os detalhes começarem a aparecer.

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