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PF quer investigar governador de MG por suspeita de desvio em campanha

Objetivo da investigação é apurar suspeitas de crime eleitoral envolvendo a campanha de Pimentel ao governo do estado em 2014

Por Da Redação
19 jun 2015, 15h46

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu da Polícia Federal pedido de abertura de inquérito para investigar envolvimento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, (PT-MG) em um esquema de lavagem de dinheiro por meio de contratos com o poder púbico. O inquérito, que está sob a relatoria do ministro Herman Benjamin, do STJ, ocorre no âmbito da Operação Acrônimo, que prendeu no mês passado o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, ligado ao PT. A PF apura suspeitas de crime eleitoral envolvendo a campanha de Pimentel ao governo de Minas em 2014.

Obtidos com exclusividade por VEJA, documentos levantam a suspeita de que Bené operava uma espécie de caixa paralelo na campanha de Pimentel ao governo. Além disso, indicam que a mulher de Pimentel, Caroline Oliveira, seria dona de uma empresa fantasma utilizada pela organização criminosa. Há a suspeita de que as empresas de Bené, que receberam cerca de meio bilhão de reais do governo federal desde 2005, tenham bancado gastos de campanhas eleitorais petistas. O termo de busca e apreensão da PF lista documentos que ligam Bené a um suposto esquema de caixa dois na campanha do petista ao governo de Minas.

Em maio foram presos, além do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, colaborador de campanhas do PT, outras quatro pessoas. Agentes da PF também fizeram buscas num apartamento de Carolina, localizado na Asa Sul, em Brasília, com base em suspeita de que a empresa da primeira-dama do Estado de Minas Gerais, Oli Comunicação e Imagens, seja “fantasma”. Outros alvos foram dois imóveis, em Belo Horizonte, do ex-deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), aliado de Pimentel.

Quando a Operação foi deflagrada, a mulher de Pimentel foi alvo das ações da PF. A primeira-dama de Minas nega qualquer envolvimento com o caso. Pimentel também vem negando as ações contra sua mulher, dizendo que foram um “erro”.

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A investigação foi iniciada em outubro do ano passado, quando a Polícia Federal apreendeu, no Aeroporto de Brasília, 113.000 reais em dinheiro numa aeronave que trazia Bené e outros colaboradores da campanha de Pimentel de Belo Horizonte. O empresário levava na ocasiãomaterial de campanha do atual governador petista e uma planilha na qual estava escrita “campanha Pimentel”, mas em depoimento negou ter participado da disputa pelo governo de Minas.

Levantamento no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que uma empresa da família de Bené, a Gráfica Brasil, recebeu 3 milhões de reais do comitê financeiro do PT mineiro em 2014. Bené disse que apenas a gráfica da sua família teria atuado como fornecedora da campanha. Na prestação de contas de Pimentel não constam despesas feitas com a Gráfica Brasil.

(Com Estadão Conteúdo)

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