A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira sete pessoas acusadas de estelionato contra a Fazenda Pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica, além de evasão de divisas e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. A PF fez diligências também em São Paulo e no Rio de Janeiro. Quatro empresários presos durante a operação, denominada Bicho Mineiro, foram denunciados pelo Ministério Público Federal por blindagem patrimonial para não serem responsabilizados pela execução de dívidas cobradas pelo fisco a cinco empresas acusadas de fazer parte do esquema de sonegação. Três pessoas consideradas “laranjas” pelo órgão também foram denunciadas. O golpe ao fisco pode ter causado um prejuízo estimado em 36 milhões de reais aos cofres públicos, segundo o MPF.
Cerca de 150 policiais federais cumpriram os mandados de prisão, sendo quatro preventivos, além de 18 mandados de busca e apreensão em quatro cidades mineiras. A operação foi deflagrada em razão de investigação realizada no final de 2007 quando, segundo a PF e o MPF, surgiram indícios de esquema de corrupção no Porto Seco de Varginha (local utilizado para desembaraço aduaneiro de cargas oriundas de importação ou exportação e que se assemelha aos portos tradicionais existentes em cidades litorâneas) que culminaram na operação intitulada Roterdam. No decorrer das investigações, descobriu-se, além da denúncia de pagamento de propinas a funcionários públicos para liberação de cargas, o esquema de blindagem patrimonial com intenção de burlar o pagamento de dívidas à Fazenda Pública.