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PF prende quadrilha que fraudava concursos públicos

Candidatos pagavam ao bando até dez vezes o valor do salário do cargo almejado para ter as respostas da prova

Por Da Redação
21 out 2015, 13h22

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira dez pessoas na Operação Afronta, deflagrada nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Alagoas e Rondônia. A ação é resultado de uma investigação para desarticular uma organização criminosa que fraudava concursos públicos, notadamente do Poder Judiciário, em todo o território nacional. No total, são catorze mandados de prisão, sendo dez contra candidatos e quatro contra membros da quadrilha. A PF não informou a qual grupo os presos na operação pertencem.

Segundo a PF, a fraude foi detectada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que notou irregularidades no último concurso para os cargos de analista judiciário e técnico judiciário e encaminhou os documentos à PF para instauração de inquérito. O esquema funcionava há pelo menos quatro anos.

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A investigação aponta que a organização tinha o seguinte modus operandi: se inscreviam para realizar o exame do concurso público candidatos interessados na fraude e os “pilotos”, como eram chamados os membros da quadrilha que faziam o teste. No dia da prova, os “pilotos” fotografavam as questões com o auxílio de microcâmeras e, quando saíam, passavam as fotos das questões para o líder da organização, que por sua vez providenciava a correção dos teste com a ajuda de comparsas. Feita a correção, as respostas eram passadas aos candidatos por meio de um “ponto eletrônico”, conectado ao celular deles.

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“Os candidatos suspeitos tinham prestado a prova em Sorocaba. Eles pagam à organização criminosa dez vezes o valor do salário do cargo pretendido, pelas respostas da prova. Para apoiar os trabalhos investigativos, a Polícia Federal usou o S.P.A.D.E., sigla para Sistema de Prospecção e Análise de Desvios em Exames, software desenvolvido pela própria Polícia Federal para subsidiar apurações de fraudes em concursos públicos e exames”, diz nota da PF.

O sistema, afirma a corporação, é alimentado com os gabaritos dos candidatos que fizeram a prova e varre as respostas em busca de coincidências, apontando os candidatos que apresentaram maior número de coincidências nas respostas e indicando se aquelas coincidências eram ou não esperadas. Os relatórios do sistema são encaminhados concomitantemente à perícia, para validação e análise estatística, e a policiais, para que proceda à investigação criminal.

Os investigados responderão de acordo com sua participação, pelos crimes de organização criminosa e fraude em certames de interesse público.

(Da redação com Estadão Conteúdo)

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