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PF indicia 7 pessoas por desabamento de prédios no Rio

Por Da Redação
25 Maio 2012, 14h20

Por Marcelo Gomes

Rio de Janeiro – Sete pessoas foram indiciadas no inquérito da Polícia Federal (PF) que investigou a causa do desabamento de três prédios, em janeiro deste ano, na Rua Treze de Maio, centro do Rio de Janeiro, que deixou 17 mortos e cinco desaparecidos. O desabamento também gerou prejuízos ao recém-reformado Teatro Municipal, como quebra dos sistemas de ar condicionado e de controle de automação (abrir e fechar cortinas, por exemplo), além de danos em paredes externas, portas e janelas.

O delegado Fábio Scliar, titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e ao Patrimônio Histórico (Delemaph) da PF no Rio, concluiu que o principal motivo do desmoronamento do edifício Liberdade, o primeiro a ruir, foi uma obra que estava sendo realizada no 9º andar do prédio pela empresa TO Tecnologia Organizacional. “Foram derrubados dois pilares, uma coluna e cinco paredes estruturais, que possuem concreto armado e vergalhões. Além disso, a obra não teve qualquer acompanhamento de engenheiro ou arquiteto. Foi uma intervenção extremamente agressiva à estrutura do edifício. Este foi o motivo determinante para o prédio ruir”, explicou Scliar.

Foram indiciados pelos crimes de desabamento culposo com resultado morte e dano a bem tombado pela União (Teatro Municipal) o síndico do Edifício Liberdade, Manoel Paulo de Souza Renha; o presidente da TO, Sérgio Alves de Oliveira; a administradora da empresa, Cristiane do Carmo Azevedo; além dos quatro operários que participavam da obra: Gilberto Figueiredo de Castilho Neto; André Moraes da Silva; Wanderley Muniz da Silva; e Alexandro da Silva Fonseca Santos. “O crime é culposo porque nenhuma das pessoas queria, isto é, tinha a intenção de que o prédio viesse abaixo. Até porque eles estavam sempre no prédio e não iam querer colocar suas vidas em risco deliberadamente”, disse Scliar.

O síndico Manoel Renha também foi indiciado por falsidade ideológica. Durante o inquérito, a PF descobriu que, em 2001, ele utilizou uma planta baixa do 9º andar diferente da verdadeira para pedir à Prefeitura do Rio autorização para subdividir aquele pavimento em várias salas comerciais. O delegado preferiu não solicitar a prisão dos indiciados, que vão responder em liberdade. O inquérito foi entregue quinta-feira ao Ministério Público Federal, que vai decidir se denuncia ou não os sete indiciados à Justiça.

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