Pezão encerra primeiras sessões de quimioterapia
Governador do Rio de Janeiro foi diagnosticado com câncer no tecido ósseo na semana passada. Ele vai ficar 18 dias de repouso e se licenciará do cargo nesta segunda-feira
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), concluiu neste domingo as primeiras sessões do tratamento quimioterápico contra um linfoma não-Hodgkin anaplásico de células T-Alk positivo, tipo de câncer no tecido ósseo, diagnosticado na última quinta-feira. As três aplicações foram no Hospital Pró-Cardíaco, na zona sul do Rio, onde Pezão continua internado.
Segundo a assessoria de imprensa do governo, Pezão reagiu bem às primeiras três sessões para aplicação dos medicamentos, iniciadas na última sexta. Os remédios foram injetados por meio de um catéter, implantado na altura da clavícula.
Agora, o peemedebista terá 18 dias de repouso para que a medicação faça efeito. Os médicos responsáveis pelo tratamento explicaram que Pezão passará ainda por de cinco a sete ciclos de 21 dias, sendo três dias de quimioterapia e 18 de descanso.
A nota do governo traz ainda uma fala breve do governador, que se licencia do cargo a partir de segunda: “Estou bem. Agradeço, mais uma vez, as manifestações de carinho que tenho recebido e desejo a todos uma feliz Páscoa”.
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Doença – Linfoma é o termo usado para designar os tumores cancerígenos no sistema linfático, formado por vasos finos e gânglios (linfonodos) que atuam na defesa do organismo levando nutrientes e água às células e retirando resíduos e bactérias. Existem duas categorias: o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin.
O linfoma de Hodgkin é mais raro e atinge na maioria jovens e pessoas de meia idade. Já o não-Hodgkin, como o que afetou Pezão, Dilma e Gianecchini, responde por 90% dos casos e atinge principalmente pessoas com mais de 55 anos.
Os linfomas são classificados em quatro estágios. No estágio 1, observa-se envolvimento de apenas um grupo de linfonodos. Já no estágio 4, há envolvimento disseminado dos linfonodos. Os linfomas não-Hodgkin são, na verdade, um grupo de cânceres correspondente a mais de 20 doenças. A maioria (85%) atinge os linfócitos B e menos de 15% são de células T, como o de Pezão.
Na maior parte das ocorrências, não é possível definir o que causou o linfoma, mas há alguns fatores de risco para seu surgimento: sistema imunológico comprometido, exposição química e a altas doses de radiação. Os principais sintomas são aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha; sudorese noturna excessiva; febre; prurido (coceira na pele); e perda de peso inexplicada, sem infecções aparentes. A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia ou ambos.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)