
O novo diretor paraguaio da usina hidrelétrica de Itaipu, Carlos Mateo, afirmou na segunda-feira que fará uma auditoria das contas da represa por meio da controladoria e da procuradoria geral da Nação. Ele já acertou com o diretor brasileiro da usina, Jorge Samek, sobre a divulgação de todos os dados necessários para tornar a administração da hidrelétrica transparente. No Paraguai, a administração da Itaipu é considerada um dos principais focos de corrupção e, desde 1973 – com a assinatura de um tratado entre os ditadores militares Alfredo Stroessner e Garrastazú Medici – as contas não são abertas.
Mateo alega que os funcionários da represa recebem salários “de primeiro mundo”. O diretor de Itaipu, por exemplo, recebe 16.000 dólares por mês, três vezes mais que o presidente paraguaio. O novo diretor afimou também que limpará os funcionários fantasmas da usina, fazendo referência às cerca de 500 pessoas que recebem salários sem trabalhar.