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Para Temer, Lula deve perder politicamente, e não na Justiça

Presidente afirmou, em entrevista à 'Folha de S.Paulo', que será melhor para o país ter Lula nas urnas

Por Da redação
21 jan 2018, 11h40

A poucos dias do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para a próxima quarta-feira (24), em Porto Alegre, o presidente Michel Temer afirmou que será melhor para o país se o petista não for impedido pela Justiça de sair candidato às eleições presidenciais neste ano.  Para ele, é melhor que Lula perca nas urnas e não saia como vítima.

“Agora, acho que se o Lula participar, será uma coisa democrática, o povo vai dizer se quer ou não. Convenhamos, se fosse derrotado politicamente, é melhor do que ser derrotado (na Justiça) porque foi vitimizado. A vitimização não é boa para o país e para um ex-presidente. Faço isso com todas as ressalvas, para não parecer que estou interferindo”, afirmou, em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo.

Para Temer, o ideal seria ter um candidato único que represente o campo centrista. “Evidentemente que isso vai agitar o meio político para saber quem é o candidato de centro que possa harmonizar e reunificar o país. Por mais que se diga que o povo quer assim ou assado, ele [povo] vai procurar alguém que seja capaz de continuar as reformas”, afirmou.

Temer, que registra níveis recordes de reprovação, negou que saia candidato ao Planalto. “Você sabe que é muito honroso ser presidente, mas eu acabei de dizer que essa história de chegar ao cargo e ser vergastado, chicoteado como fui indevidamente – tanto que disse que estou trabalhando agora para resgatar o meu aspecto moral -, não é bom”, afirmou o presidente, que foi gravado por um dos donos do grupo J&F. No diálogo, os dois tratam de livrar pendências com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso desde 2016.

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Para o presidente, as denúncias contra ele são “desarrazoadas, ilegítimas e fruto de uma tentativa de derrubar o presidente”.

O peemedebista, que passou por três intervenções cirúrgicas e uma infecção urinária recentemente, tratou de afastar os rumores de sua saúde debilitada.

“Basta olhar para mim. Não tive nem tempo de pensar (em licença). Sabe por quê? Porque eu não parei de trabalhar. Sei que correu muito essa história por aí, mas são daqueles que querem me matar, né?”, afirmou.

Questionado sobre os quatro vice-presidentes da Caixa demitidos na última semana por suspeitas de corrupção investigadas pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela Polícia Federal, Temer negou que tivesse recebido alerta ainda em dezembro.

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“Não recebi nenhuma comunicação. Foi um ofício ao chefe da Casa Civil que, por sua vez, encaminhou ao Ministério da Fazenda, que encaminhou à Caixa. Essas coisas você não faz a toque de caixa.

Quando me chegou aos ouvidos que o Banco Central havia recomendado o afastamento, tomei a cautela de afastá-los para que o Conselho da Caixa possa examinar o assunto, dando-lhes o direito à ampla defesa”, afirmou.

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