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Para Serra, grampo do PSDB é gravíssimo

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2016, 14h21 - Publicado em 7 dez 2011, 19h54

Por Andrea Jubé Vianna

Brasília – A cúpula do PSDB se reúne em Brasília na próxima semana com o candidato derrotado ao governo do Acre, Tião Bocalon, para analisar as denúncias de interceptação telefônica nas linhas diretório estadual do partido durante a campanha eleitoral de 2010, reveladas hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo. Bocalon foi derrotado pelo candidato do PT, Tião Viana, por uma margem apertada de votos – cerca de 3 mil votos ou 0,5% do total dos votos válidos – garantindo ao PT o quarto mandato consecutivo de governador no Estado.

Em nota, o ex-governador de São Paulo José Serra considerou as denúncias um “fato gravíssimo, que precisa ser investigado a fundo”. Foram interceptados diálogos entre integrantes da coordenação nacional da campanha de Serra e funcionários do diretório do PSDB no Acre, sobre estratégias, material de propaganda e agendas.

Segundo Serra, esse episódio soma-se a outros da mesma natureza, “como a quebra de sigilo fiscal na tentativa de usá-los como armas eleitorais”. Na campanha presidencial de 2010, o PSDB denunciou violações de sigilo fiscal de dirigentes do partido. Uma das vítimas foi Verônica Serra, filha do presidenciável tucano.

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O Ministério da Justiça preferiu não se pronunciar sobre as denúncias, mas ressaltou que fornecerá as informações solicitadas pelo PSDB. O presidente do PSDB no Acre, deputado Márcio Bittar (RR), requereu hoje informações ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre as denúncias de escutas telefônicas no diretório estadual. No documento, Bittar diz que não pode contestar a “utilidade das escutas telefônicas como instrumento de investigação”, mas condena sua utilização como “instrumento de intimidação e de espionagem política.

Bittar afirma que os grampos não causaram surpresa pra ele, porque agora está provado para nós do Acre “que a turma que nos governa são coronéis da política”. “O fato é escandaloso se ficarem provadas essas questões, como de fato tudo leva a crer. A diferença (no resultado da eleição) foi na fotografia, o PSDB poderia ter vencido a eleição lá com certeza. Qualquer informação privilegiada que pudesse prejudicar a estratégia do PSDB ou dar vantagem ao adversário nos tirou do jogo”, diz Duarte.

A Polícia Federal trata as interceptações como escutas legais, porque as interceptações teriam sido feitas nos telefones da deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), aliada do PSDB no Estado, e que estava sendo investigada por formação de caixa dois e compra de votos. O grampo no PSDB, portanto, na versão da PF, teria sido indireto, pois o telefone da deputada teria sido emprestado ao diretório. A deputada nega.

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