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Para Izabella Teixeira, países pobres assumiram compromisso, mas ricos negaram recursos

Ministra do Meio Ambiente admite que Rio+20 deixou lacunas e aponta "meios de implementação" de ações de sustentabilidade como a maior falha da conferência

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jun 2012, 20h36

O que vi foram os países pobres, em desenvolviment o- todos, sem exceção – assumindo compromissos em relação à sustentabilidade. E muitos países ricos não adicionando recursos para esse processo”

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, apesar de listar uma série de avanços do documento, apontou a falta de meios para a implementação das ações como o principal problema da Rio+20 e da Eco 92. “Temos que reconhecer que existem gaps (lacunas) nas vias de implementação em relação ao legado de 1992”, disse. Em um balanço sobre a conferência, Izabella criticou a retirada de cena dos países desenvolvidos, que não quiseram se comprometer no aporte de verbas para a promoção do desenvolvimento sustentável. “Há desafios, não só dos estabelecidos aqui, como também daqueles de 20 anos atrás, que temos a obrigação de implementar. E isso passa por uma discussão de meios de implementação de outro jeito. É fácil falar que é às vezes (o documento) é pouco ambicioso, mas ninguém sentou à mesa para por dinheiro adicional”, reclamou a ministra.

“O que vi foram os países pobres, em desenvolviment o- todos, sem exceção – assumindo compromissos em relação à sustentabilidade. E muitos países ricos não adicionando recursos para esse processo”, disse, em um discurso que ficou corriqueiro na boca da delegação brasileira durante Rio+20.

Na listagem dos pontos positivos, destacou primeiro a adoção de um plano de 10 anos para a produção e consumo sustentáveis. Outro aspecto ressaltado foi o entendimento de que a ONU deverá iniciar um processo de avaliação e sugestão de novos indicadores para mensuração de desenvolvimento- além do PIB atual. Izabella destacou a criticada agenda dos oceanos como avanços da Rio+20. “Os oceanos não ficaram como estratégia da agenda da conservação da biodiversidade. Acabou de ganhar caráter estratégico e acabou de ganhar o mandato de fazer um novo tratado em relação à biodiversidade marinha e aos oceanos”, disse.

A ministra lembrou que o Fórum de alto nível para o desenvolvimento sustentável, criado durante a conferência, também pode significar a esperança de “trazer à centralidade geopolítica internacional a questão do desenvolvimento sustentável”. Para Izabella, de todos os pontos enumerados, o mais importante foi o multilateralismo e a construção de um consenso. “Temos que saber falar e saber ouvir”, disse. “A conferência sinaliza novos caminhos mas também mostra que estamos reafirmando todos os compromissos de 92 e que não houve retrocesso, embora tenha havido um longo processo de negociação e países colocando em mesa o questionamento do legado de 2002. Isso foi superado”, afirmou.

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