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Palco de roubo milionário, Campinas é rota de quadrilhas

Região concentra empresas de tecnologia. Fácil acesso a rodovias facilita roubo de cargas. Samsung avaliou o prejuízo em 14 milhões de reais

Por Da Redação
8 jul 2014, 08h58

Campinas, no interior de São Paulo, é conhecida como uma versão latino-americana para o Vale do Silício, maior conglomerado de indústrias de microeletrônica do planeta, situado na Califórnia. O pólo tem hoje mais de 900 empresas. Da cidade saem celulares, computadores e equipamentos de telecomunicações para toda a América do Sul. Encontram-se ali a linha de montagem e o departamento de pesquisa em novas tecnologias de gigantes do setor. Mas não apenas as produtoras de tecnologia estão de olho na cidade: a região é uma das mais procuradas por assaltantes interessados em tecnologia e eletroeletrônicos.

Segundo Manoel Sousa Lima Junior presidente do Sindicato das Empresas de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), as rotas de fuga pelas Rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Dom Pedro I também funcionam como um dos atrativos. “Aquela região tem rodovias importantes. É preciso que a polícia melhore sua inteligência e seja mais ostensiva.”

Na segunda-feira, durante a madrugada, um bando fortemente armado invadiu a fábrica da Samsung na Rodovia D. Pedro I em Campinas e, segundo a polícia, teria feito cerca de cem funcionários reféns. A polícia afirmou que o roubo teria envolvido sete caminhões carregados com 40.000 produtos eletrônicos. A carga teria sido avaliada em 80 milhões de reais.

Segundo a corporação, esse foi um dos maiores roubos já registrados no Estado de São Paulo. Os bandidos, armados com metralhadoras e fuzis, romperam o sistema de segurança da empresa, tomando de assalto uma van que chegava com funcionários. Procurada, a Samsung afirmou em nota que lamenta o incidente e que os números divulgados pela polícia, na verdade, são superestimados. A carga roubada da fábrica seria avaliada em aproximadamente 14 milhões de reais. Cerca de cinquenta funcionários foram feitos reféns na ação dos bandidos, segundo a empresa.

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Apple – Em outubro de 2013, cinco assaltantes invadiram um depósito da TAM, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e roubaram uma carga da Apple avaliada em 3,9 milhões de reais. A quadrilha estava encapuzada e usou metralhadoras na ação.

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Lima Junior explicou que fabricantes como a Samsung contratam empresas especializadas em estoque e transporte. “A maioria dos assaltos é contra as próprias empresas de logística. Quem produz não tem área para armazenar”, disse.

Procurada, a Polícia Civil diz que esse tipo de crime é de difícil prevenção. Já a PM afirmou que, entre janeiro e maio, policiais rodoviários prenderam 415 pessoas em flagrante nas estradas locais.

(Com Estadão Conteúdo)

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