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Pais de menino que atirou em professora prestam depoimento nesta quarta-feira

G., de 14 anos, informou que, semanas antes do crime, D.M.N. lhe perguntou se o irmão ficaria triste caso ele morresse

Por Bruno Abbud
28 set 2011, 17h45

Nesta quarta-feira, 28, a delegada Lucy Fernandes, titular do 3º Distrito Policial em São Caetano do Sul, no ABC paulista, colheu os depoimentos da família de D.M.N.. Na última quinta-feira, 22, o estudante de 10 anos atirou na professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38, antes de disparar contra a própria cabeça. O crime aconteceu dentro de uma das salas de aula da Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão, na Grande São Paulo.

Segundo Lucy, os depoimentos colhidos hoje não acrescentaram informações relevantes às investigações. A delegada começou a ouvir o guarda-civil municipal Milton Nogueira, pai de D.M.N., por volta das 10h. Depois, foi a vez de Elenice, mãe do atirador, e, em seguida, do irmão G., de 14 anos. As oitivas terminaram por volta das 13h10. Os três foram ouvidos separadamente.

No depoimento, G. informou que, semanas antes do crime, D.M.N. lhe perguntou se o irmão ficaria triste caso ele morresse. G. apenas pediu para que ele parasse com aquele tipo de pergunta, mas encarou o questionamento com naturalidade. De acordo com a delegada, essa foi a passagem mais significativa dos depoimentos desta quarta-feira.

O pai de D.M.N. disse à delegada que possui a arma do crime há mais de 20 anos. Segundo ele, as munições não eram guardadas junto com o revólver calibre 38. No dia da tragédia, contudo, o guarda-civil deixou a arma carregada sob algumas cobertas, na parte alta de um armário. Elenice garantiu que o filho não conseguiria alcançar o local sem a ajuda de uma cadeira. Milton também contou que D.M.N. nunca havia manuseado o revólver.

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A reportagem do site de VEJA teve acesso ao depoimento de Elenice. Num dos trechos, ela diz que, nas últimas semanas, D.M.N. comentou sobre o comportamento de uma professora: “Mãe, a minha professora tem atitude”, disse o filho. “Quando precisa falar ela fala, quando precisa brincar ela brinca e quanto tem que elogiar ela elogia”. Elenice não soube dizer, no entanto, a quem D.M.N. se referia.

Elenice rechaçou a hipótese de que o filho teria sido influenciado por jogos eletrônicos. Ela disse que a família estava sem computador em casa há pelo menos 2 meses e que D.M.N. não costumava acessar a internet.

Amanhã, a delegada pretende ouvir Rosileide no Hospital das Clínicas, Zona Oeste de São Paulo. A professora passou por uma cirurgia na patela esquerda na tarde desta quarta-feira. Segundo informações do hospital, a operação foi um sucesso.

Os depoimentos dos alunos que estavam na sala de aula no momento do disparo – incluindo o de M.V.S. – estão marcados para a manhã de segunda-feira, 3 de outubro. No entanto, a delegada tentará antecipá-los para esta semana. “Os depoimentos das crianças são os mais importantes para esclarecer o que aconteceu”, acredita Lucy.

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As aulas na Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão foram retomadas na manhã de hoje. Alguns alunos carregaram uma faixa com os dizeres “Deus, olha a alma de D. e conforte os corações”. Eles também soltaram balões brancos com a palavra “Paz”.

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