Castro diz que decisão sobre Réveillon do Rio será tomada em reunião
Horas após o prefeito Eduardo Paes anunciar suspensão, governador do estado afirma que terá conversa na próxima semana para sacramentar o futuro da festa

Após o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) anunciar na manhã deste sábado, 4, o cancelamento do Réveillon no Rio de Janeiro, a realização ou não da festa ganhou mais um capítulo. O governador do estado, Cláudio Castro (PL-RJ), escreveu no início da tarde no Twitter que uma reunião na próxima semana será responsável pela “decisão final” sobre as comemorações de Ano Novo na cidade.
Em sua postagem, o governador afirmou: “Falei há pouco com o prefeito Eduardo Paes e decidimos, juntos, que faremos uma reunião na próxima semana para uma decisão final sobre as festas do Réveillon. Nesse encontro, participarão técnicos da saúde do Estado e do município.”

Algumas horas antes, o prefeito do Rio havia dito que tomou a decisão de cancelar o Réveillon carioca após manifestação do comitê científico do estado recomendando que a tradicional festa na Praia de Copcabana não fosse realizada. O motivo seria a preocupação com a variante ômicron, surgida recentemente na África do Sul e que já se espalhou por mais de 40 países. Paes disse ainda que queria fazer o evento e tinha o aval do comitê municipal, mas que decidiu seguir a orientação mais restritiva.
“Respeitamos a ciência. Como são opiniões divergentes entre comitês científicos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O Comitê da prefeitura diz que pode. O do Estado diz que não. Então não pode. Vamos cancelar dessa forma a celebração oficial do réveillon do Rio”, disse Paes, anteriormente, nas redes sociais. O prefeito tinha encerrado seu pronunciamento com uma crítica ao governo estadual: “Se é esse o comando do Estado(não era isso o que vinha me dizendo o governador), vamos acatar. Espero poder estar em Copacabana abraçando a todos na passagem de 22 para 23. Vai fazer falta mas o importante é que sigamos vacinando e salvando vidas”
Em entrevista também durante a manhã deste sábado, o prefeito do Rio disse ser “muito difícil voltar atrás” porque a decisão não diz respeito a “uma festinha entre amigos”, sendo necessário tempo para sua organização. “Estamos falando de um evento que leva 3 milhões de pessoas à Copacabana, não é algo que você muda de opinião toda hora, tem um limite, estamos chegando a ele”, declarou.