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Operadores de MDB e PT receberam mais de R$ 110 mi em propina, diz MPF

Para procurador, houve 'ciclo completo da corrupção', com vantagens para a Odebrecht e o pagamento de propinas a executivos e representantes de políticos

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2018, 14h36 - Publicado em 8 Maio 2018, 09h35

O contrato da Petrobras alvo da Operação Déjà Vu, a 51ª fase da Operação Lava Jato, rendeu cerca de 200 milhões de reais em propina a executivos da estatal e a operadores financeiros, que atuavam em nome de políticos de dois partidos: o MDB e o PT, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

O pagamento de propinas, de acordo com as investigações, ocorreu entre 2010 e 2012 e estava relacionado a um contrato firmado com a construtora Norberto Odebrecht, do grupo Odebrecht, para “a prestação de serviços de reabilitação, construção e montagem, diagnóstico e remediação ambiental, elaboração de estudo, diagnóstico e levantamentos nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde (SMS) para a estatal, em nove países, além do Brasil”, como explica o Ministério Público.

Do valor total, cerca de 31 milhões de dólares, o equivalente a pouco mais de 110 milhões de reais, foram aos agentes que diziam representar políticos, em especial do MDB. Segundo o MPF, o pagamento ocorreu por contas mantidas pelos operadores no exterior. O restante, 25 milhões de dólares (ou 89 milhões de reais) foram destinados a três ex-funcionários da Petrobras, presos na operação desta terça, que favoreceram a construtora no processo de licitação.

Em nota, o procurador Roberson Pozzobon, integrante da força-tarefa da Lava Jato, afirmou que “houve o ciclo completo da corrupção” no processo.

“Mediante a promessa e o efetivo pagamento de mais de 200 milhões de reais de propina em favor de diversos agentes públicos, operadores financeiros e representantes de partidos políticos, a construtora Odebrecht foi ilicitamente beneficiada antes e durante a execução de um contrato de mais de 3 bilhões de reais com a Petrobras. Os prejuízos para os cofres públicos decorrentes dessas práticas criminosas ilustram bem os efeitos deletérios do capitalismo de cupinchas ou de compadrio”, escreveu.

De acordo com o Ministério Público, a investigação foi baseada em provas colhidas a partir dos acordos de delação premiada e leniência de Odebrecht, de um acordo de cooperação internacional com a Suíça e de uma investigação interna promovida pela Petrobras. Os ex-funcionários da petrolífera alvos da operação já foram condenados pelo favorecimento na licitação, no âmbito da Lava Jato no Rio de Janeiro.

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