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Alvo na Lava Jato, Jorge Luz é o ‘Operador dos operadores’

Jorge Luz e seu filho, Bruno, não foram localizados no Rio de Janeiro nesta manhã e é possível que ambos estejam no exterior

Por Da redação
Atualizado em 23 fev 2017, 20h56 - Publicado em 23 fev 2017, 09h30

O lobista paraense Jorge Luz, que teve mandado de prisão expedido pela operação 38ª fase da Operação Lava Jato nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, é considerado pelos investigadores como uma espécie de “operador dos operadores”. Seu filho, Bruno Luz, também é procurado pela polícia. A Operação foi batizada com o nome de Blackout, em referência ao sobrenome dos acusados.

Jorge e seu filho não foram localizados no Rio de Janeiro nesta manhã e é possível que ambos estejam no exterior. Os dois costumavam viajar frequentemente para Miami, nos Estados Unidos.

Ambos são citados nos depoimentos do também lobista Fernando Baiano e de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Antes de se entregar à Justiça, Baiano chegou a se refugiou na casa de Jorge Luz.

No ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, relacionou o nome de Luz no processo principal da Lava Jato no STF.

De acordo com Janot, Luz teria prometido um montante de 40 milhões de dólares em propina para ser rateado entre os senadores da República. Esse dinheiro viria da diretoria Internacional da Petrobras. O paraense chegou à política por meio de Jader Barbalho, de quem sempre foi próximo.

A partir dos anos 90, Luz passou a ser um dos principais lobistas em atuação na Petrobras e, de acordo com investigadores da Lava Jato, ele sempre foi muito ligado ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Fernando Baiano, em seu depoimento no ano passado, disse que Jorge Luz repassou os valores ao “pessoal do PMDB” porque eles mantinham, naquela época, Nestor Cerveró na diretoria da área de Internacional da Petrobras.

Na ocasião, a Polícia Federal levantou os registros de entrada e saída do país de Jorge Luz e o filho dele, Bruno Luz, além de outros envolvidos no negócio. Os investigadores também buscam por contas no exterior ligadas a esses personagens.

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Petrobras

Os dois lobistas são suspeitos de desviar propinas para agentes públicos principalmente em contratos da diretoria Internacional da Petrobras, como a compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitoria 10.000 e na venda, pela estatal, da Transener para a Eletroengenharia.

Eles também atuaram em outras diretorias da empresa, como as de Abastecimento e Serviços. Jorge Luz e o filho também são suspeitos de pagar propinas para o ex-gerente de Serviços, Pedro Barusco, por contratos da Petrobras com a Sete Brasil para a exploração do pré-sal.

Para operarem os pagamentos ilícitos, a dupla utilizava contas de empresas offshore no exterior, uma vez que foram detectados pela força-tarefa da Lava Jato movimentações do tipo na Suíça e nas Bahamas.

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