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Operação Turbulência: polícia investiga se foragido cometeu suicídio ou infartou em motel

Causa da morte de de Paulo César de Barros Morato, de 47 anos, só deve ser revelada na próxima semana, depois de peritos concluírem os laudos com o resultado de exames complementares no cadáver e no local onde o corpo foi encontrado

Por Felipe Frazão 23 jun 2016, 19h42

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informou nesta quinta-feira que as hipóteses mais prováveis para a morte do foragido da Operação Turbulência Paulo César de Barros Morato, de 47 anos, são suicídio ou infarto. A causa da morte só deve ser revelada na próxima semana, depois de peritos concluírem os laudos com o resultado de exames complementares no cadáver e no local do crime, um quarto no motel Tititi, em Olinda (PE).

Segundo o secretário-executivo de Defesa Social, delegado federal Alexandre Lucena, o corpo não tinha sinais de violência, mas a suspeita de homicídio não pode ser completamente descartada. “Nós temos 31 horas de gravação de câmeras de vídeo para observar”, informou.

De acordo com a Secretaria de Defesa Social, Morato vinha sofrendo “grande pressão”. Ele tomava remédios para diabetes e hipertensão, conforme Lucena. “Estava na idade de risco. Era obeso e estava sob stress intenso”, relatou o secretário. Alguns frascos de comprimidos foram apreendidos na cena do crime.

O foragido estava vestido com uma camiseta branca, calça jeans escura e meias brancas. Foi encontrado estirado na cama, de barriga para cima, com o controle remoto jogado ao lado no colchão. Segundo Lucena, todos os objetos pessoais de Morato estavam no quarto. A polícia apreendeu remédios para hipertensão e diabetes, sete pen-drives, três celulares, carteiras, 3.000 reais em dinheiro, três cheques em branco, 53 envelopes bancários para depósito e vários óculos de sol. A Polícia Federal acompanha as investigações e analisa o material apreendido. O material foi encaminhado para a Polícia Federal.

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Os investigadores já sabem que Morato havia entrado no motel ao meio-dia de terça-feira, horas depois de a PF deflagrar a operação da qual era alvo. Na quarta-feira, horas antes de o corpo ter sido encontrado, a PF divulgou um retrato de Paulo Morato. Funcionários do motel relataram que ele permaneceu o tempo todo trancado.

Segundo os investigadores, Morato era um dos testas de ferro de uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro que foi alvo da Polícia Federal. Ele e outros comparsas movimentaram 600 milhões de reais nos últimos seis anos. A Polícia Federal encontrou indícios de que o esquema foi usado por políticos e teria servido à campanhas do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em 2010 e 2014. Uma empresa de fachada em nome de Morato, a Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem, recebeu um repasse suspeito de 18,8 milhões de reais da empreiteira OAS. Conforme a PF, parte do dinheiro serviu para a compra do jatinho Cessna PR-AFA que caiu no acidente fatal com Eduardo Campos, então candidato a presidente.

Apontado como operador de propinas para Eduardo Campos, o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho disse que pegou emprestado com Morato quase 160.000 reais para pagar uma parcela da aeronave. O dinheiro saiu da conta da Câmara & Vasconcelos – o nome da empresa foi trocado recentemente para “Morato Locação e Terraplanagem”. O capital social é de 600.000 reais. O morto era o único dono.

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