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Operação investiga bombeiros por venda de alvarás no Rio

'Operação Ingenium', deflagrada na manhã de hoje cumpre 38 mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara de Nova Iguaçu

Por Da Redação
12 set 2017, 11h39

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a Polícia Civil realizaram hoje, em ação conjunta com a Secretaria de Segurança do Estado e a Controladoria-Geral da União (CGU), uma operação para combater um esquema de corrupção envolvendo bombeiros.

As investigações começaram com base em escutas telefônicas de bombeiros militares e apontaram a existência de uma organização criminosa responsável por cobrar propinas para a expedição de alvarás e licenças para autorizar o funcionamento de estabelecimentos comerciais.

Batizada de ‘Ingenium’, palavra em latim que significa engenharia, a operação tem o objetivo de cumprir mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara de Nova Iguaçu contra 35 bombeiros, entre eles comandantes de grupamentos da Baixada Fluminense e da capital, oficiais ligados à engenharia das corporações e outros três empresários. Também serão cumpridos 67 mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, nos quartéis e empresas de pessoas investigadas.

Segundo o MP, os valores cobrados variavam de acordo com o tamanho dos estabelecimentos comerciais. O grupo cobrou propina até em estádio de futebol.

“Os documentos eram classificados pelos integrantes da organização criminosa como de ‘pequeno ou grande porte’. Esse era um dos critérios para a fixação de preços para a propina, que variavam entre R$ 750 podendo chegar até R$ 30 mil”.

O esquema funcionava em diversas unidades, principalmente no 4º Batalhão, em Nova Iguaçu, no 14º em Duque de Caxias e no Grupamento de Operações com Produtos Perigosos (GOPP). Entre os locais onde serão cumpridos os mandados de busca e apreensão, estão estas três unidades da corporação, além do 8º Batalhão, em Campinho, 12º em Jacarepaguá, 17º em Copacabana e o Comando de Bombeiros de Área (CBA) da Baixada Fluminense.

Os bombeiros deveriam realizar vistorias para garantir a segurança do público, verificando as saídas de emergências e outras medidas obrigatórias para assegurar o bom funcionamento do local. Com o esquema, esse tipo de controle ficou comprometido.

O grupo era liderado pelos coronéis José Augusto Cunha e Ricardo Luiz Ferreira, assessores especiais do comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ).

Para garantir a perpetuação do esquema, os assessores indicavam outros comandantes da unidade e tinham outros militares envolvidos para acobertar o crime.

“Eles contavam com a participação dos bombeiros lotados no setor da engenharia, além de bombeiros militares da reserva e civis, que intermediavam os pagamentos das propinas pagas por empresários para obtenção do documento que permitia o funcionamento do empreendimento” diz nota do CGU e do MP.

Procurada, a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros informou que  acompanha e colabora com as investigações.

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