Operação em 3 estados desarticula quadrilha que lucrou R$ 30 milhões furtando fios de cobre

Policiais cumpriram mandados em Minas Gerais, Rio e Bahia; funcionários de empresas de telecomunicações estavam envolvidos

Por Isabella Alonso Panho SEGUIR SEGUINDO 12 nov 2025, 14h50

Nove pessoas foram presas e 38 mandados de busca e apreensão foram cumpridos (PCMG/Divulgação)

A Polícia Civil de Minas Gerais realizou nesta quarta-feira, 12, uma das maiores operações do país contra uma quadrilha que furtava fios de cobre. Em cooperação com forças de segurança de outros estados, foram cumpridos nove mandados de prisão e 38 de busca e apreensão. Com algumas prisões em flagrante, doze pessoas terminaram presas. A estimativa dos policiais é de que, nos últimos anos, a quadrilha tenha lucrado 30 milhões de reais com o furto de cabeamento.

Os mandados foram cumpridos em oito cidades espalhadas por Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o grupo enviava toneladas de fios para esses dois últimos estados. Entre os investigados, estão funcionários e ex-funcionários de empresas de telefonia, internet e comunicações. O papel deles na organização criminosa era facilitar os furtos: eles usavam uniformes e ordens de serviço falsas para conseguirem furtar os cabos de cobre.

Imagens dos mandados de busca e apreensão que foram cumpridos na Bahia mostram agentes da polícia chegando a um depósito, onde há centenas de rolos de fios de cobre sendo armazenados, para depois serem vendidos de forma ilegal pela quadrilha. Veja a seguir:

Segundo o delegado da Polícia Civil de Minas, Márcio Rocha Vianna Dias, um dos que trabalharam na força-tarefa, a organização criminosa desarticulada nesta quarta é a maior no ramo de furtos a cabos de energia na região da zona da Mata. Inicialmente, a Justiça havia expedido nove mandados de prisão, mas as buscas feitas por policiais encontraram outros envolvidos com o crime. Por isso, mais quatro pessoas foram presas em flagrante. O balanço total das apreensões ainda está sendo contabilizado.

Continua após a publicidade

Participaram da força-tarefa o Núcleo Regional de Inteligência de Juiz de Fora e a Delegacia de Visconde do Rio Branco, além das Polícias Civis do Rio de Janeiro e da Bahia. A operação foi batizada de “Cyprium”, nome em latim para o metal cobre, que era furtado e revendido pelos criminosos.