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Operação contra esquema de R$ 215 milhões em MG mira Marcos Valério e empresários

Investigadores veem operador do mensalão com ‘superioridade hierárquica’ sobre empresários de redes atacadistas e de supermercados

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 dez 2025, 17h58 - Publicado em 2 dez 2025, 17h22

Órgãos de investigação de Minas Gerais deflagraram nesta terça-feira uma megaoperação contra um suposto esquema que já teria sonegado 215 milhões de reais em ICMS. A apuração aponta o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, o famoso operador do mensalão, como o participante do “núcleo executivo” da organização criminosa que teria “superioridade hierárquica em relação aos demais investigados”.

Sob responsabilidade do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (Cira-MG), a Operação Ambiente 186 busca desarticular um esquema de fraudes tributárias envolvendo atacadistas, redes de supermercados e empresas vinculadas ao setor varejista no estado. Além de sonegação fiscal, a ação também apura os crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Durante as buscas, agentes apreenderam celulares, aparelhos eletrônicos, documentos e outros elementos de interesse à investigação, além de veículos de luxo utilizados pela organização para a lavagem de dinheiro.

Obtida pelo Radar, a decisão sigilosa do juiz Rodrigo Heleno Chaves, da 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Comarca de Belo Horizonte, descreve uma fraude chamada de “barriga de aluguel”, que simulava operações interestaduais com empresas “noteiras” – fictícias ou de fachada – em estados sem convênio com Minas Gerais, principalmente Goiás e Espírito Santo, utilizando alíquotas reduzidas (7%) para suprimir o recolhimento do ICMS.

Chaves autorizou a indisponibilidade de bens dos investigados no montante de 476 milhões de reais e o cumprimento de mandados de buscas contra os seguintes investigados:

  • Leonardo Guimarães Resende;
  • Marcos Valério Fernandes de Souza;
  • Pedro Souza de Freitas;
  • Wilson Tacchi Júnior;
  • Marco Aurélio Caetano Surette;
  • Rodrigo José de Freitas;
  • Afrânio Morcatti Júnior;
  • Clélio Luiz da SIlva Ferreira;
  • Leandro Nogueira Falcão;
  • Francisco de Oliveira Júnior;
  • Gustavo Coelho Leite;
  • André Luiz Coelho Leite;
  • Fábio Coelho Diniz;
  • Taís Rodrigues de Carvalho;
  • e Vânia Gomes da Luz Sardes.
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Veja, abaixo, as acusações dos investigadores do Cira-MG contra cada um dos suspeitos:

  • “Leonardo Guimarães Resende é coordenador das fraudes estruturadas, administrador da empresa Autêntica Comércio de Produtos LTDA e gestor de contas de empresas fictícias”;
  • “Marcos Valério Fernandes de Souza participa do núcleo executivo da organização criminosa, possuindo superioridade hierárquica em relação aos demais investigados”;
  • “Pedro Souza de Freitas e Rodrigo José de Freitas são apontados como coordenadores das fraudes junto a Leonardo, sendo administradores da Atakamix Atacadista e da Comercial Milho Brasil”;
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  • “Wilson Tacchi Júnior é administrador da WT, que sucedeu a Megafort. Segundo consta, o investigado gerencia as contas da Comercial Halisson Lima e é sócio oculto da Minas Confiança Serviços, auferindo grandes valores por serviços de consultoria fictícios para lavar os capitais”; 
  • “Marco Aurélio Caetano Surette é proprietário de fato da empresa Triunfo Negociações Veiculares, utilizada pelos investigados para lavagem de dinheiro. Ademais, foi identificado como responsável pela antecipação de valores para o grupo criminoso, especialmente nas operações envolvendo o grupo DMA”;
  • “Afrânio Morcatti Júnior supostamente atua em conjunto com Marco Aurélio Surette no esquema de lavagem com a Triunfo Negociações. Ainda, realiza operações de compra e revenda de veículos de luxo com prejuízos simulados”;
  • “Clélio Luiz da Silva Ferreira é tido como o principal articulador do chamado “Grupo César”, utilizando a WT como ‘noteira'”;
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  • “Leandro Nogueira Falcão é sócio formal da Autêntica (de fato de Leonardo Resende), articulando entre Milho Brasil e o grupo HSI”;
  • “Gustavo Coelho Leite é diretor da HAF Distribuidor (Grupo Coelho Diniz) e principal responsável pela operacionalização da fraude dentro do grupo, com registro de planilhas com ‘faturamentos especiais’. Áudios comprovam sua intenção de usar a manobra via Goiás/Espírito Santo para reduzir o ICMS devido”;
  • “André Luiz Coelho Leite e Fábio Coelho Diniz são sócios administradores do Grupo Coelho Diniz, responsáveis pelos pagamentos às empresas ‘noteiras'”;
  • “Taís Rodrigues de Carvalho é funcionária da HAF Distribuidor, atuando como braço operacional das fraudes”;
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  • “Lacy Francisco de Oliveira Júnior é sócio administrador da empresa Big Works Comércio Importação e Exportação, a qual possui vínculos estreitos com o grupo Coelho Diniz e que possui como funcionária a investigada Vânia Gomes da Luz Sardes, também ciente e participante das fraudes”;
  • “Ana Cristina Espíndola de Castro Lopes supostamente atua como intermediadora de vendas a empresas atacadistas, a exemplo da Milho Brasil e da Esteio Brasil (…) Leonardo e Clélio (são) dois de seus fornecedores”;
  • “Gleidson Morais da Silva é sócio administrador da .. Master Comércio Atacadista, utilizada por Leonardo Guimarães para realizar suas operações financeiras”; 
  • “Izabela Bicalho dos Passos Dabess já foi denunciada duas vezes por seu envolvimento na prática do delito de lavagem de dinheiro, em esquema relacionado a seu marido, Matheus Ventura, e a seu pai, Fábio Dabess”;
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  • “Matheus Ventura Joaquim é proprietário de fato da empresa Triunfo Negociações Veiculares, aliado de Isabela na lavagem de dinheiro”;
  • “Juliana Alves dos Santos Faria é subordinada a Wilson Tacchi, formalmente registrada como funcionária da empresa Minas Confiança, utilizada no esquema fraudulento, mas também vista como pessoa de confiança de Wilson Tacchi em outras empresas”;
  • “Luiz Alberto Modesto manteve ligações com contas vinculadas ao contexto criminoso, integrando o grupo “Notas e Pedidos LM”. É proprietário da empresa L&M Nova Distribuidor de Sapucaia”; 
  • “Luiz Gustavo da Silva Martins é controlador de uma das contas bancárias das empresas criadas para burlar o fisco, tendo realizado transações para Marco Aurélio a pedido de Leonardo”;
  • “Pedro Souza de Freitas é tido como administrador da empresa Martmix Atacarejo, coordenando fraudes que beneficiam especialmente o grupo Coelho Diniz”;
  • “Rodrigo José de Freitas é gestor da Comercial Milho Brasil, auxiliando no esquema fraudulento a fim de garantir aparência de legalidade nas transações”.
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