Nações Unidas, 1 nov (EFE).- Os responsáveis da ONU que coordenam a retirada de minas e outros explosivos que ficaram espalhados na Líbia após a recente guerra civil pediram nesta terça-feira a cooperação internacional para trabalhar no país norte-africano, visto que o novo Governo ainda não pode financiar essas tarefas.
‘Se as nações do mundo não ajudarem os líbios agora a solucionar este problema, ninguém poderá voltar em seis meses e se lamentar’, afirmou Max Dyck, diretor do programa de Coordenação de Ação contra as Minas, liderado pelas Nações Unidas na Líbia, diante da imprensa na sede central do organismo em Nova York.
Dyck disse que, embora as novas autoridades líbias estejam cientes de que terão de financiar a retirada das minas e demais explosivos, ainda não podem fazê-lo, já que o processo para receber os fundos congelados pela comunidade internacional ainda leva tempo para ser colocado em andamento.
‘Ainda vai demorar para se ter os sistemas em andamento para ser capazes de aceitar os fundos e destiná-los onde forem precisos’, disse o especialista.
Além das minas que permanecem na Líbia, o país também enfrenta o problema de ainda haver restos de explosivos derivados da guerra, bem como grandes quantidades de munição e sistemas de armas que estão em lugares pouco seguros.
Dick ressaltou que os problemas de segurança são graves em termos de mobilizar as munições dentro do país, mas destacou que as novas autoridades líbias colaboram ativamente com o programa de Coordenação de Ação contra as Minas para garantir que esse processo seja iniciado da maneira adequada.
O alerta de Dick ocorre um dia após o Conselho de Segurança da ONU aprovar por unanimidade uma nova resolução sobre a Líbia que pede às novas autoridades do país a evitarem a proliferação de armas em seu território e na região. EFE