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ONU cobra ‘investigação imediata’ da morte de Malhães

A entidade diz que novas informações estão sendo coletadas sobre o caso e que deve se pronunciar ainda nesta semana sobre o assunto

Por Da Redação
28 abr 2014, 12h14

A Organização das Nações Unidas (ONU) cobra das autoridades brasileiras uma “investigação imediata” da morte do coronel da reserva do Exército, Paulo Malhães. Seu assassinato ocorreu na noite da quinta-feira durante assalto no sítio em que morava na zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

A possibilidade da morte ter relação com o depoimento de Malhães na Comissão da Verdade é investigada, apesar de a polícia ter dito no sábado que a hipótese de latrocínio é a principal linha de investigação para elucidar o caso. Em março deste ano, Malhães prestou à Comissão Estadual da Verdade do Rio depoimento em que relatava ter participado de prisões e torturas na ditadura. Disse também que foi encarregado pelo Exército de desenterrar e sumir com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.

Dias depois, à Comissão Nacional da Verdade, reafirmou ter tomado parte em torturas, mas mudou sua versão sobre o sumiço dos restos mortais de Paiva. O corpo desenterrado, segundo ele, não poderia ser identificado por estar em decomposição.

Agora, a ONU quer esclarecimentos sobre sua morte. “É necessário que haja uma investigação imediata para esclarecer os fatos em relação ao caso e aqueles responsáveis precisam ler levados à Justiça”, declarou a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, Ravina Shamdasani. A ONU diz que novas informações estão sendo coletadas sobre o caso e que a Organização deve se pronunciar ainda nesta semana sobre o assunto.

A Comissão da Verdade do Rio afirmou que irá pedir ao secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, para acompanhar as investigações. A comissão revelou também que a viúva do coronel, Cristina Batista Malhães, teria dito que um dos invasores do sítio é parente de vítima assassinada pelo coronel durante a ditadura militar.

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Os esforços do Brasil para lidar com seu passado foram elogiados ao longo dos últimos meses pela ONU. Mas a Organização exige do País que os responsáveis por torturas, assassinatos e crimes contra a Humanidade sejam processados. A ONU também já se pronunciou contra a manutenção da lei de anistia no Brasil, alegando que crimes como o da tortura não podem ser protegidos por uma lei.

(Com Estadão Conteúdo)

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