Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

OEA inicia investigação do caso Vladimir Herzog

Pedido que tramita na organização desde 2009 vai investigar a responsabilidade do estado brasileiro na morte do jornalista durante a ditadura militar

Por Da Redação
23 jan 2013, 08h37

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), admitiu oficialmente a investigação do caso do jornalista Vladimir Herzog, morto em 1975, durante a ditadura militar. A decisão, tomada internamente em novembro e divulgada na terça-feira por familiares de Herzog, abre caminho para se investigar as responsabilidade do estado brasileiro no caso.

O pedido de investigação tramita na OEA desde 2009. No ano passado, o governo brasileiro foi consultado pela instituição e tentou obstruir o processo. Mas os seus argumentos foram rejeitados, segundo Viviana Krsticevic, diretora executiva do Centro pela Justiça e o Direito Internacional, uma das três organizações de direitos humanos que, ao lado dos familiares, assinaram a petição à comissão.

O governo alegou que é impossível punir os responsáveis por causa da Lei da Anistia de 1979, que teria beneficiado também agentes de estado acusados de violações de direitos humanos. “A Comissão segue a jurisprudência da Corte Interamericana, que estabelece que são inadmissíveis disposições de anistia destinadas a impedir a investigação e a punição dos responsáveis por violações de direitos humanos, como a tortura, execuções sumárias, prisões e desaparecimentos forçados”, explicou Viviana.

Leia também:

TJ-SP determina mudança da morte de Herzog

Comissão dá golpe no próprio texto ao só apurar crimes de agentes do estado

O engenheiro Ivo Herzog, filho do jornalista morto e presidente do instituto que leva o nome do pai, disse que ele e sua família querem saber quem foram os responsáveis. “Essa decisão da comissão não favorece só minha família. Beneficia muitas famílias que vivem situações semelhantes”, afirmou.

Nos próximos dias, as organizações peticionárias enviarão novos informes à OEA sobre o caso. No final, de acordo com os procedimentos normais, não haverá nenhuma responsabilização de pessoas. Mas poderão ser cobradas providências do estado brasileiro para a melhoria de suas instituições e garantia de que se faça Justiça.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.