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Ocupação da Câmara de Santa Maria entra no terceiro dia

Grupo de 150 estudantes e parentes de vítimas do incêndio quer renúncia de membros de CPI

Por Da Redação
28 jun 2013, 12h23

O grupo formado por 150 estudantes e parentes de vítimas do incêndio da boate Kiss passou mais uma noite na Câmara Municipal de Santa Maria. A ocupação do local já dura mais de 60 horas. Eles exigem a renúncia de membros da CPI e a exoneração do procurador jurídico da Casa, Robson Zin.

A Câmara chegou a obter na noite de terça-feira uma ordem de reintegração, mas para evitar confrontos, decidiu deixar os manifestantes no local. Desde o início da invasão, na terça-feira, os vereadores não entram no prédio. Os servidores foram dispensados. Na quinta-feira, a tragédia da boate completou cinco meses. O incêndio provocou 242 mortes.

Invasão – O gatilho para a invasão do prédio foi a divulgação de uma gravação de 40 minutos que registrou um diálogo interno entre membros da CPI. Participaram da conversa a presidente da CPI, Maria de Lourdes Castro (PMDB), o vereador Tavores Fernandes (DEM) e dois assessores – um deles teria gravado o diálogo sem conhecimento dos outros participantes. Na gravação, a presidente e o vereador criticam a relatora da CPI, Sandra Rebelato (PP), que é acusada de “mudança de postura” por convocar um advogado da associação de vítimas da boate. Um dos participantes do diálogo afirmou que, antes desse fato, havia uma orientação para a CPI “dar em nada”.

O áudio foi entregue ao Ministério Público e à polícia na terça-feira. A Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia, que já vinha nas últimas semanas demonstrando insatisfação com os rumos da CPI, acusou os vereadores de tentar blindar o governo do prefeito Cezar Schirmer (PMDB) e não se esforçar para apontar responsabilidades pela tragédia.

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Incêndio – A tragédia da boate Kiss ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. A perícia apontou que o fogo começou após um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na casa, utilizar um sinalizador durante o show.

A faísca atingiu a espuma de poliuretano que revestia o teto para o isolamento acústico do local, que entrou em combustão. Laudos anexados ao inquérito apontaram que 100% das mortes ocorridas na boate ou em hospitais ocorreram por asfixia por cianeto e monóxido de carbono, liberado pela queima da espuma.

Segundo a denúncia, foi o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira quem acionou o sinalizador. Além das mortes, o gás tóxico e as chamas deixaram 622 feridos.

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