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No DF pós-Arruda, Agnelo pode ficar fora do 2º turno

Governador petista empata com Jofran Frejat (PR), sucessor de José Roberto Arruda, e vê Rodrigo Rollemberg (PSB) abrir vantagem de 7 pontos

Por Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília
21 set 2014, 07h41

As eleições para governador do Distrito Federal podem ter muitos adjetivos. Mas, definitivamente, não são monótonas. Depois de figurar como favorito durante a maior parte da disputa, o ex-presididiário e ex-governador José Roberto Arruda (PR) foi barrado pela Justiça e passou a candidatura para Jofran Frejat (PR), que era seu vice. Flávia Arruda (PR), a mulher do ex-candidato, ficou com o segundo posto da chapa. E a troca provocou um realinhamento das forças na capital do país.

Arruda aparecia com mais de 35% das intenções de voto. Agnelo Queiroz (PT), o atual governador, e Rodrigo Rollemberg (PSB), se digladiavam pela segunda colocação, no patamar de 17%. Agora, de acordo com dados divulgados pelo Ibope nesta semana, Rollemberg abriu vantagem. Ele aparece com 28% das intenções de votos, contra 21% de Agnelo e Frejat. Luiz Pitiman (PSDB) tem 5%.

Há razões para crer que Agnelo ficará de fora até mesmo do segundo turno. Frejat tem um potencial de crescimento maior dada a rejeição baixa. Além disso, ele aposta insistentemente na ligação de sua imagem com a do ex-presidiário Arruda – o que pode parecer ruim numa primeira análise, mas tem um efeito positivo na busca pelos votos. O candidato barrado acompanha o sucessor durante a maior parte dos atos de campanha. E, como a nova candidata a vice é Flávia Arruda, o sobrenome célebre continua fazendo parte do material de campanha.

O eleitor brasiliense parece viver um deja vù. Em 2010, Joaquim Roriz teve a candidatura barrada por causa da Lei da Ficha Limpa e, com a lentidão do Judiciário na análise de seus recursos, acabou abrindo mão da disputa em favor de sua mulher, Weslian Roriz. Inexperiente e insegura, ela passou vergonha nos debates e acabou obtendo 34% dos votos no segundo turno. Isso significa que Weslian obteve a maioria dos apoiadores do marido.

Por isso, é provável que Frejat ainda suba nas pesquisas e deixe Agnelo Queiroz em um incômodo terceiro lugar. Frejat não é uma aposta no escuro: para o bem ou para o mal, é um político experiente. Ligado ao ex-governador Joaquim Roriz, ele foi deputado constituinte e comandou a secretaria de Saúde do Distrito Federal por quatro vezes vezes.

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Já o novo favorito, Rodrigo Rollemberg, tenta se aproveitar ao máximo da popularidade de Marina Silva na capital federal. Brasília foi uma das cidades onde a candidata obteve melhores resultados em 2010. Ela ficou à frente de Dilma Rousseff e José Serra (PSDB) entre os eleitores do Distrito Federal. Agora, segundos as pesquisas, a candidata do PSB caminha para mais uma vitória na capital do país.

Rollemberg foi Secretário de Turismo do governo de Cristovam Buarque (então no PT), deputado distrital, deputado federal e chegou ao Senado em 2010, na coligação de Agnelo Queiroz. Mas o mau governo do petista e as pretensões do PSB fizeram com que Rollemberg rompesse a aliança com o governador.

Já a candidatura do governador Agnelo Queiroz é a mais frágil, apesar de ele ter a máquina pública em mão e dispor do maior tempo de TV, em uma coligação que também inclui PMDB e PP. Sem um padrinho político presente (Dilma e Lula não fizeram qualquer ato de campanha ao lado de Agnelo), o governador tem um cenário difícil diante de si. A rejeição do petista é de 45%, segundo o Ibope. Tão alta que, na simulação feita pelo Ibope para o segundo turno, ele perderia por 53 a 24% para Rollemberg e por 43% a 29% para Frejat. Mas, agora, isso é o de menos: para Agnelo, chegar ao segundo turno já seria uma vitória.

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