Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘Ninguém estupra mulher feia’, disse Bolsonaro a Marcola em 2001

O então deputado federal relacionou o crime sexual ao sequestro de uma filha de Silvio Santos com o chefe do PCC, durante audiência pública na Câmara

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 out 2022, 13h36 - Publicado em 19 out 2022, 13h10

No diálogo que teve com o chefe do PCC, Marcola, durante uma audiência pública na Câmara em 2001, o então deputado federal Jair Bolsonaro citou o sequestro de Patrícia Abravanel, uma das filhas do apresentador Silvio Santos, que ocorreu naquele 21 de agosto, e declarou que, assim como “ninguém estupra mulher feia, ninguém vai sequestrar pobre”. “É uma coisa óbvia”, declarou.

Durante a conversa de poucos minutos, resgatado nesta terça pelo pesquisador e escritor Rodrigo Cassis, Bolsonaro defendeu a adoção da pena de morte no Brasil e disse que a punição já ocorre entre presos.

“Assim como os senhores dentro do presídio se respeitam, tendo em vista a pena de morte lá dentro, creio que, se implantássemos a pena de morte no Brasil, muita gente não estaria lá dentro, já estaria enterrado depois de devidamente eletrocutado. A OAB é contra a pena de morte, porque preso condenado não paga advogado, mas tudo bem. Ou o preso estaria nessa situação, ou ele pensaria mais vezes antes de cometer um delito”, afirmou o atual presidente da República, que nos últimos anos passou a lembrar que a pena de morte é proibida por cláusula pétrea da Constituição.

“Por exemplo, hoje foi sequestrada a filha do Silvio Santos. Não o estou defendendo por ele ser rico. Ninguém estupra mulher feia, ninguém vai sequestrar pobre. É uma coisa óbvia. Então, não sei se o senhor falou sobre isso, logicamente é uma pergunta um tanto quanto inocente de minha parte. Penso que a pena de morte serviria para inibir em muito a criminalidade do país”, acrescentou Bolsonaro.

Continua após a publicidade

Ao final do diálogo, ele voltou a se referir ao crime sexual, citando a conhecida declaração de Paulo Maluf do “estupra, mas não mata”.

“E o pessoal desce o pau no Maluf por causa disso. Agora, tantos crimes hediondos acontecem. Se houvesse a pena de morte, com toda certeza muitos desses crimes deixariam de acontecer”, declarou.

Vale lembrar que Bolsonaro já causou polêmica ao declarar que não estuprava a deputada federal petista Maria do Rosário porque ela não merecia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.