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“Não volto para Brasília de jeito nenhum”, diz Eros Grau

Ministro aposentado se dedica a escrever livros e pareceres jurídicos

Por Mirella D'Elia
3 mar 2011, 22h07

Sentado na poltrona 1D, estrategicamente posicionada na primeira fileira da aeronave, com mais espaço para esticar as pernas, a inseparável bengala em mãos, um senhor de longos e encaracolados cabelos e barba branca destaca-se no vôo 3704, da TAM, que decolou de São Paulo rumo a Brasília às 10h desta quinta-feira. Aposentado desde agosto de 2010, mas sem participar dos julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) desde junho, o gaúcho Eros Grau, de 70 anos, é cumprimentado por vários passageiros – que, provavelmente, têm o mesmo destino que ele: o plenário da corte, ocupado a partir de agora pelo substituto dele, o carioca Luiz Fux, de 57 anos.

“Não quero voltar para lá de jeito nenhum”, diz ao site de VEJA, durante o voo. Nada contra o tribunal onde ficou durante seis anos, até a aposentadoria compulsória. “O problema é a cidade. É muito seca. Volto para São Paulo hoje mesmo”, explica o ministro.

Longe dos julgamentos para lá de controversos que pautam o cotidiano da Suprema Corte, Eros Grau tem se dedicado à literatura. Vai lançar um novo livro. Nada a ver com o romance erótico “O Triângulo no Ponto”. Desta vez, o tema é Paris. “É bem diferente”, explica. O ministro aposentado diz que entregará o texto à editora após o carnaval. Outra ocupação a que se dedica, depois de deixar também de lecionar, é a confecção de pareceres jurídicos, sobre os quais prefere manter segredo.

Posse – Recepcionado com festa por servidores do Supremo no Aeroporto Juscelino Kubitschek, ele também comenta a chegada de Fux. Enaltece o fato de o novo ministro ser juiz de carreira, como o presidente da corte, Cezar Peluso.

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Bem mais falante do que costumava ser no tribunal, conta que dizia aos colegas, em tom de brincadeira, que toda pessoa, ao entrar naquele plenário, deveria ficar dois anos aprendendo a julgar antes de julgar processos de fato. No caso de Fux, ele acha que o aprendizado não será necessário. “Não acho que todo mundo tem que ser juiz de carreira lá, mas isso facilita”, afirma.

Durante a posse, Eros Grau teve passagem discreta. Sentado na primeira fila – desta vez do plenário da Suprema Corte -, preferiu adotar uma postura observadora. Contou ter ficado emocionado ao rever os antigos servidores. E, bengala em mãos, deixou o local assim que a cerimônia acabou, sem dar entrevistas, rumo a São Paulo.

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