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Em ‘farra’ em motel, mulher leva garrafada de assessor da liderança do PT

Noitada em Brasília termina com tentativa de homicídio; funcionário de gabinete petista na Câmara dos Deputados, acusado de agressão, perde emprego

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 abr 2019, 19h45 - Publicado em 16 abr 2019, 13h21

O Altana Motel, a 15 quilômetros da Esplanada dos Ministérios, fica no local mais alto de Brasília, de onde se vê a cidade toda iluminada. Foi lá que um grupo de cinco pessoas se reuniu para uma noitada no último sábado, que terminou em tentativa de homicídio.

O que era para ser uma festa quase acabou em tragédia. O funcionário da liderança do PT Domingos Sávio Lacerda Martins, de 43 anos, que é filiado ao partido desde 1999, pegou uma garrafa quebrada e deu três golpes no rosto de uma das mulheres.

Segundo a Polícia Civil, a ocorrência foi registrada no sábado de manhã. Os policiais militares foram chamados ao motel para averiguar o que seria um esfaqueamento. Quando chegaram ao local, no entanto, viram que se tratava de agressão com garrafa quebrada. No piso da suíte havia marcas de sangue.

VEJA conversou com a vítima, V.M., de 23 anos de idade. A primeira versão divulgada pelos policiais é a de que teria sido uma “orgia”, na qual a vítima se recusara a fazer sexo em troca de 300 reais. V.M., no entanto, diz que essa versão não é verdadeira. “Não foi orgia, foi farra”, diz ela.

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“Nós fomos lá para comer, beber, nadar, pegar uma hidromassagem e se divertir, falar mal da vida dos outros. Ninguém pegou ninguém”, jura V.M.. Ela diz que, na falta de um biquíni, pediu ao motel algo para se vestir e veio uma espécie de ‘fantasia’ de cor preta e vermelha. “Não me lembro qual era a personagem da fantasia, pois eu estava bêbada”, diz ela.

V.M., afirmou que Domingos Sávio pegou a garrafa e deu três golpes em seu rosto porque ela não queria ficar mais na farra. “Levei uns 30 pontos no rosto. Em nenhum momento pensei que ele ia me agredir com as garrafadas, ele é um cara super gente boa”, diz V.M.. Ela conta que teve de ir para casa descalça, pois Domingos Sávio tomou seu celular e seu par de tênis, para impedi-la de ir embora. “Meu par de tênis vale 1.300 reais”, reclama V.M.

Solto pela Justiça, Domingos deverá perder o emprego. O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, disse a VEJA que ainda hoje vai exonerar o funcionário: “Não posso ter na liderança da bancada uma pessoa nessas condições. É incompatível”, disse Pimenta.

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Domingos Sávio é sobrinho do ex-presidente do PT do DF, Wilmar Lacerda, que também foi secretário de Administração na gestão do então governador do DF Agnelo Queiroz. Em 2017, Wilmar foi acusado de manter relações sexuais com uma menor de 17 anos de idade em troca de lanche.

A juíza Lorena Alves Ocampos concluiu que “o auto de prisão em flagrante traz a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria”. A juíza concluiu que o crime pode ser punido com mais de quatro anos de cadeia,  mas concedeu liberdade provisória ao acusado, com recolhimento domiciliar das 22 horas às 6 horas e na condição de que não se aproxime das vítimas. Domingos terá de andar com tornozeleira eletrônica.

 

V.M., agredida em motel de Brasília (divulgação/Divulgação)
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