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Na UNE, Juventude Tucana defende “Fora Temer” e saída de Aécio

Jovens do partido voltam a participar de diretoria da UNE após dez anos, exaltam FHC e defendem eleições diretas; presidência da entidade segue com o PCdoB

Por Da Redação
Atualizado em 20 jun 2017, 17h31 - Publicado em 20 jun 2017, 11h08

Se os caciques do PSDB decidiram na semana passada manter o partido na base aliada do presidente Michel Temer (PMDB), a Juventude Tucana (J-PSDB), por outro lado, levantou a bandeira do rompimento com o Palácio do Planalto no 55º Congresso da União Nacional dos Estudantes (CONUNE), que terminou no último domingo, em Belo Horizonte. Pela primeira vez em dez anos, a J-PSDB levou para Minas Gerais uma bancada de 148 delegados, o suficiente para garantir uma vaga na diretoria da entidade.

Além do “Fora Temer”, os jovens tucanos também defendem a realização de eleições diretas, por meio da aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), e o afastamento definitivo do senador Aécio Neves (MG) da presidência do PSDB. “Estávamos em Belo Horizonte quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falou em eleições diretas. Não é um problema para nós, desde que seja respeitada a Constituição”, disse à reportagem o estudante de direito Henrique do Vale, de 24 anos, presidente da J-PSDB.

“Defendemos sem dúvida o ‘Fora Temer’, a entrega dos cargos do PSDB no governo e avaliamos que Aécio não tem condições morais de continuar na presidência do partido”, afirmou Vale, que é paranaense e ligado ao governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

Na busca por voltar a participar das disputas pelo comando do movimento estudantil, a Juventude Tucana, que participou da construção de uma candidatura de oposição à presidência da UNE, alegou que seus militantes foram atacados com cadeiras e alvos de hostilidades por parte de grupos adversários. As agressões teriam ocorrido após o grupo chegar à plenária cantando palavras de ordem que exaltavam políticos como FHC e o ex-governador de São Paulo Mário Covas, falecido em 2001.

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Eleição

Durante o encontro, a estudante de Pedagogia Marianna Dias, de 25 anos, filiada ao PCdoB, foi eleita como nova presidente da UNE, assegurando uma hegemonia de três décadas dos comunistas no comando da entidade. A chapa liderada por ela, denominada “Frente Brasil Popular – A unidade é a bandeira da esperança”, obteve 3.788 votos, o que equivale a 79% dos 4.795 depositados nas urnas. Faziam parte do grupo a União da Juventude Socialista (UJS), ligada ao PCdoB, as juventudes do PSB e do PDT , quatro correntes petistas – Democracia Socialista (DS), Construindo um Novo Brasil (CNB), Esquerda Popular Socialista (EPS) e Mudança e Trabalho – e os coletivos Levante Popular da Juventude (LPJ) e Novo Rumo.

“Nosso maior desafio é construir a unidade na luta popular no campo democrático e popular e construir a greve geral do dia 30 de junho”, disse Marianna. A Juventude Tucana também apresentou uma candidatura, pelo movimento “Vem Que a UNE é Nossa”, com o seu tesoureiro nacional, André Morais, candidato a partir do slogan “a UNE longe das benesses do poder, mas perto do pulsar dos estudantes”.

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Na sexta-feira, a atual gestão da UNE liderou em Belo Horizonte um ato por eleições diretas na Praça da Estação com participação de 40 mil pessoas, segundo os organizadores. Diferentemente de anos anteriores, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu ao CONUNE, que teve as participações do ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT), do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos.

(Com Estadão Conteúdo)

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