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Na pequena Laje do Muriaé, 25% dos moradores estão desalojados

Águas vindas de Minas Gerais inundaram o município e destruíram 90% dos prédios públicos

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jan 2012, 17h05

“A coisa aqui está muito feia”, resume o prefeito José Eliezer

No município de Laje do Muriaé, de 8 mil habitantes, há 2 mil pessoas desalojadas e 200 desabrigadas por causa da enchente. A cidade fica no noroeste fluminense e faz fronteira com dois municípios mineiros. Além da chuva, mais água veio pelo rio Muriaé, que também passa por Minas Gerais. “A coisa aqui está muito feia”, resume o prefeito José Eliézer Tostes Pinto ao site de VEJA. O nível da água já chega a dois metros em algumas localidades, segundo a prefeitura. E essa altura deve continuar a subir. “O número de desalojados vai aumentar ainda mais”, afirma o prefeito.

A listagem de estabelecimentos alagados é grande: comércio, colégios, creches, fórum, Ministério Público, prefeitura e câmara municipal. “Aproximadamente 90% dos prédios públicos estão alagados”, informa Eliézer. Com o trânsito na RJ 116 interrompido por causa de uma queda de barreira na parte da manhã, a única ligação de Laje do Muriaé com outra cidade é feita através de uma ponte de 90 metros, que dá acesso ao município de Itaperuna. E essa ponte está quase ficando submersa, de acordo com a prefeitura.

“Como vai ser? Como fica agora? Gostaria que você entrevistasse as autoridades estaduais”, pede o prefeito. Para piorar, a água atingiu a altura da bomba da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE). Agora, ironicamente, falta água – potável- na cidade.

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Para se locomover em Laje do Muriaé, só de barco. “Ninguém sai de um ponto para o outro”, explica Eliézer. Esse cenário não chega a ser novidade para os moradores do município. Há cerca de três anos, a cidade ficou inundada. Tudo teve de ser reconstruído para, novamente, ser destruído pelas águas. A cada enchente, documentos das instituições são levados, mobiliário detonado, paredes corroídas e, no final, tudo mofado. Quando essas águas passarem, a cidade será reconstruída e se manterá de pé até sabe-se lá quando.

José Eliézer afirma que, há dois anos, a secretaria estadual do Ambiente fez um projeto para minimizar o impacto das águas. O plano foi aprovado pelo Instituto do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea), mas nenhuma obra começou. O projeto tem por objetivo enfrentar três aspectos. “Contenção, criação de uma barragem e construção de um canal para onde extravasaria o excesso de água”, explica o prefeito. Segundo Eliézer, falta o principal: dinheiro. “É uma obra de 30 a 35 milhões de reais. É pouco dinheiro para o tamanho do sofrimento que passamos”, afirma.

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