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MPF pede suspensão de campanha da Olimpíada por ‘desinformar’ os brasileiros

Procurador da República argumenta que a publicidade esconde os reais efeitos causados pela catástrofe econômica, social, política, moral que assola o País.

Por Da Redação
10 fev 2016, 16h49

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) em que pede a suspensão imediata da campanha publicitária dos Jogos Olímpicos, intitulada “Somos Todos Brasil” (assista abaixo). Na ação, o MPF cobra a aplicação de multa diária de 5 milhões de reais à União, caso a Justiça Federal determine a imediata suspensão e o governo mantenha a divulgação da campanha e de outros 1 milhão de reais de multa diária pessoal “aos agentes que retardem o cumprimento das medidas postuladas”.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), responsável pelas peças, informou que ainda não foi notificada. A ação foi apresentada no último dia três, após a Secom rejeitar recomendação do Ministério Público solicitando a suspensão da campanha. O governo federal havia gasto, até meados de janeiro, 25,6 milhões de reais na campanha.

“Requisitou-se, no prazo de 10 (dez) dias, resposta concernente ao acatamento do que fora recomendado. Entretanto, transcorrido o prazo fixado, a Secom/PR não se manifestou, não restando outra alternativa para cessar o ilícito e coibir sua perpetuação, senão o ajuizamento desta ação”, disse o autor da ação, o procurador da República Cláudio Drewes José Siqueira.

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Para Procuradoria da República em Goiás, a campanha se presta a desinformar os brasileiros sobre a verdadeira situação do País bem como estimular no “inconsciente coletivo” um sentimento favorável à Olimpíada e à presidente Dilma Rousseff. Ao longo de 39 páginas, o procurador destaca que a campanha não atende aos princípios da publicidade, legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, “que impõem ao Estado o dever de prestar informações verdadeiras ao cidadão e à sociedade”.

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“O governo federal, usando de tom ufanista, patriótico, nacionalista, cívico, na referida campanha, atua com a finalidade de imprimir na percepção da sociedade brasileira a marca “Somos Todos Brasil”, vinculando-a à realização da Olimpíada na cidade do Rio de Janeiro, que supostamente trará muitos benefícios para todo o Brasil (…) Como se a realização de tal evento tivesse o condão de apagar da vida dos milhões de brasileiros todos nefastos efeitos causados pelas catástrofes econômica, administrativa, social, política, moral que assolam o País”, argumenta o procurador.

(Com Estadão Conteúdo)

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